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O ESTADÃO - O brasileiro parece não dar importância à macroeconomia
Foi
o presidente Médici que identificou em 1970 o desencontro entre a
qualidade da economia do País e a qualidade de vida do brasileiro: “A
economia vai bem, mas o povo vai mal”, resumiu ele, frase que vai sendo
repetida, como agora, nesta Coluna.
A Pesquisa Datafolha
realizada terça-feira entre 4,3 mil eleitores de todas a regiões do
País, com a metodologia do gênero, identifica situação inversa. O povão
parece mais satisfeito com a vida e mais otimista com a economia, embora
os indicadores técnicos apontem para o contrário – e muita reclamação
continue acontecendo.
O crescimento econômico do Brasil é uma
sucessão de mediocridades e promete ainda muitos meses de paradeira. A
inflação, que vai perfurando o teto da meta e o bolso do consumidor, não
dá sinais de trégua. Ao contrário, a simples correção dos preços
atrasados, como o dos combustíveis, da energia elétrica e dos
transportes urbanos, acena com ainda mais inflação, e não com menos. O
investimento vai sumindo, a indústria está sendo sucateada e perde
competitividade todos os dias. São realidades objetivas, medidas,
avaliadas, interpretadas.
E, no entanto, o brasileiro parece não
dar importância à macroeconomia. A campanha da presidente Dilma, que
começou discutindo temas áridos até para especialistas, como autonomia
do Banco Central e o tripé da política econômica, enveredou agora para o
viés da tua-vida-melhorada. Tanta gente simples – dizem essas mensagens
– acaba de pôr os pés em casa própria ou, se ainda não, acha que logo
terá condições para isso. Tanta gente simples comprou geladeira e trocou
a velha TV por um modelo de última geração. Tanta gente, algumas vezes
por ano, passou a esticar um fim de semana na praia e passou a viajar de
avião pra Belém do Pará. E quem hoje não pilota um celular, aparelhinho
que facilita a vida, permite o uso de aplicativos espertos e já não
deixa ninguém mais ilhado no mundo?
Completam a paisagem otimista
os números do mercado de trabalho que apontam para uma situação de
pleno-emprego. Cada vez mais gente sacudida prefere não buscar emprego,
porque alguém de casa ganha Bolsa Família. É só completar o orçamento
com uma viração, um servicinho no jeito – coisa que há alguns anos não
acontecia.
A conclusão dessa pesquisa acena para alguma coisa
errada porque esse quadro não é tudo nem a maior parte. Outros fatos
ficaram repentinamente esquecidos. Há todo o sufoco conhecido, a baixa
qualidade do ensino; o mau atendimento à saúde pública; a falta de
segurança; as horas diárias perdidas na condução ruim e cara; e, mais
que tudo, na cada vez maior falta de oportunidades para subir na vida.
Enfim,
não dá para desconsiderar toda a energia das manifestações de
junho/julho do ano passado e a carga de reclamações contra a qualidade
de vida nas grandes cidades. Na própria área próxima do governo e do PT
há os movimentos sociais, o dos Sem-Terra, o dos Sem-Teto e o dos sem
outras coisas, que todos os dias passam o recado de que, ao contrário do
que diz o governo, a vida é dura de levar, mesmo sem colocar nessa
conta a falta d’água e a incerteza que vem com ela. A vida vai melhorar –
canta Martinho da Vila. Mas ainda falta muito.
CONFIRA:
Aí
está a evolução do faturamento do setor de serviços. Indica
enfraquecimento, uma vez que, dependendo da maneira como é medida, não
compensa nem a inflação do período.
Queda O rebaixamento da
qualidade dos títulos da Petrobrás pela agência Moody’s é consequência
da forte deterioração do caixa da empresa. É o que coloca em risco o
pagamento da dívida de R$ 241 bilhões. Vários fatores concorreram para
isso. Mas o maior predador das finanças da Petrobrás é o represamento
dos preços dos combustíveis.
Como profissional, trabalhei como apresentador, repórter, redator, produtor, diretor de jornalismo em várias emissoras de rádio - Rádio Difusora de Pirassununga, Rádio Cultura de Santos e São Vicente, Rádio Capital de Brasília, Rádio Alvorada de Brasília, Sistema Globo de Rádio/DF, Rádio Manchete FM/DF, Rádio Planalto de Brasília e 105 FM DF e Rádio Cultura de Brasília. Fui Professor de Radiojornalismo no CEUB. Funcionário concursado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal requisitado pelo TCDF até me aposentar em fevereiro ultimo. Também trabalhei, nos anos 70 no jornal O Movimento de Pirassununga.
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