Que bom te ver por aqui, seja bem vindo. Neste espaço busco repassar a informação séria, sem censura. Publico artigos e notícias que estão na internet e que acredito serem de interesse geral. Também publico textos, vídeos e fotos de minha autoria. Nos textos há sempre uma foto ou um gif, sempre ilustrativa, muitas vezes, nada tem a ver com o texto em questão. Para entrar em contato comigo pode ser em comentários nos artigos ou, então, pelo e mail andradejrjor@gmail.com.
Lá se vão mais de 20
anos, desde que frase dita por um ministro da Fazenda nos bastidores de
entrevista à tevê vazou via satélite e terminou por levá-lo a pedir
demissão do cargo. "O que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente
esconde", disse à época o embaixador Rubens Ricupero. A máxima,
inadvertidamente confessada, entrou para a história política brasileira.
E agora crescem as evidências de que a prática esteja em alta.
É
que, em pleno processo de sucessão presidencial, mais um ocupante de
chefia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) pôs o cargo à
disposição, reforçando a suspeita de ingerência política na divulgação
de dados oficiais. Primeiro foi Herton Ellery Araújo, que deixou a
Diretoria de Estudos e Políticas Sociais. Desta vez, Marcelo Medeiros
pede para sair da Vice-Coordenadoria de Estudos de População,
Desenvolvimento e Previdência.
Herton havia sido impedido de
apresentar trabalho anual da entidade mostrando que, de 2012 para 2013, a
pobreza extrema parou de cair no país. Medeiros não expressou na carta o
motivo do seu pedido de exoneração, mas testemunhas ouviram reclamações
dele contra o represamento de dados. Sem convencer, o instituto alega
respeito à legislação eleitoral para segurar a divulgação de resultados
de estudos fundamentais ao norteamento das políticas públicas.
Nem que o caso do Ipea fosse um fato isolado, a explicação deixaria de
ser questionável. Só que a credibilidade das estatísticas nacionais, até
há pouco de excelência reconhecida inclusive por organismos
internacionais, vem sendo posta em dúvida quase de modo generalizado
nesta campanha eleitoral e mesmo antes dela. Grave exemplo foi a
correção de última hora produzida pelo IBGE na Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios do ano passado (Pnad 2013). Num passe de mágica,
virou queda o que seria aumento da desigualdade no país.
Na
esteira da "falha banal, de fácil detecção", como a presidente Dilma
Rousseff classificou o erro do IBGE, soube-se que o quadro de servidores
do instituto encolheu 14% no atual governo - de 7.076 para 6.083
pessoas de janeiro de 2011 para cá. Não bastasse, o Projeto de Lei do
Orçamento da União prevê menos verba para pesquisas em 2015: de R$ 462
milhões este ano, para R$ 286,2 milhões no próximo. Resultado: foram
suspensos o Censo Agropecuário 2015 e a Contagem da População 2016.
Esse
caldo de cultura de "o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente
esconde" já foi tratado pelo Tribunal de Contas da União como
"contabilidade criativa". Na macroeconomia, costuma receber outro nome
jocoso: "pedaladas fiscais". O jeito meio brincalhão de encarar os
desvios não significa, contudo, que eles tenham menor gravidade. Pelo
contrário. Perde o planejamento governamental. E não só a máquina
pública é contaminada.
O artificialismo enevoa a realidade. A
credibilidade internacional do país é posta em jogo. A maquiagem também
confunde a iniciativa privada, atrapalhando investimentos. É
estarrecedor que o superavit primário, o cumprimento das metas de
inflação, o preço dos combustíveis e da energia tornem-se incógnitas.
Urge, pois, restabelecer a verdade, doa em quem doer, a favor da
transparência, da democracia, da vida republicana, enfim.
Como profissional, trabalhei como apresentador, repórter, redator, produtor, diretor de jornalismo em várias emissoras de rádio - Rádio Difusora de Pirassununga, Rádio Cultura de Santos e São Vicente, Rádio Capital de Brasília, Rádio Alvorada de Brasília, Sistema Globo de Rádio/DF, Rádio Manchete FM/DF, Rádio Planalto de Brasília e 105 FM DF e Rádio Cultura de Brasília. Fui Professor de Radiojornalismo no CEUB. Funcionário concursado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal requisitado pelo TCDF até me aposentar em fevereiro ultimo. Também trabalhei, nos anos 70 no jornal O Movimento de Pirassununga.
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