'Pílula' masculina
Pesquisa científica descobre gene relacionado à fertilidade do homem e abre caminho para novo meio contraceptivo
Além da camisinha feminina, as mulheres hoje
contam com inúmeros métodos contraceptivos: dispositivos intra-uterinos,
diafragma, pílula, implantes e adesivos. E quanto aos homens? Bem, se
você não estiver disposto a entrar na faca para uma vasectomia (método
difícil de reverter no futuro), as soluções incluem apenas os
espermicidas e a saudosa camisinha.
No entanto,
isso está prestes a mudar. O escocês Dr. Lee Smith do Centro MRC de
Saúde Reprodutiva da Universidade de Edimburgo vem descobrindo uma
espécie de anticoncepcional masculino muito mais conveniente do que o
uso de preservativos, e bem menos drástico do que fazer uma vasectomia.
A
pesquisa sobre a fertilidade masculina identificou um gene que é
essencial para a produção do esperma. Se uma droga for desenvolvida para
interromper este gene, poderemos ver uma nova forma bastante eficiente
de contracepção masculina -- pelo menos, uma opção parecida com as
disponíveis exclusivamente para elas atualmente.
Lee
explica que o novo método não exigiria a manipulação da produção de
testosterona para paralisar o desenvolvimento do esperma, o que pode
levar a efeitos colaterais indesejáveis, como espinhas (acne) e
alteração de humor.
“O composto teria ligação
com o produto do gene no testículo e o impediria de exercer o seu
papel”, afirma o cientista. “Ao fazer isso, a produção de esperma seria
paralisada. Mas a partir do momento em que o contraceptivo não é mais
utilizado, o produto do gene seria capaz de funcionar de novo e o
desenvolvimento de espermatozóides seria naturalmente retomado”.
Como 2% da ejaculação e boa parte do sêmen é
produzida pelas vesículas seminais e a próstata, não os testículos, a
ausência de espermatozóides passaria despercebida.
Enquanto tal solução ainda não chega ao mercado, fica a pergunta: você trocaria a camisinha por outro método anticoncepcional?
Como 2% da ejaculação e boa parte do sêmen é
produzida pelas vesículas seminais e a próstata, não os testículos, a
ausência de espermatozóides passaria despercebida.
Enquanto tal solução ainda não chega ao mercado, fica a pergunta: você trocaria a camisinha por outro método anticoncepcional?
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