Atualmente, há 6 bilhões de pessoas com celulares
no planeta. O número cai para 4,5 bilhões quando se trata de condições
sanitárias adequadas.
Por Carlos Eduardo FerreiraA ONU (Organização das Nações Unidas) disparou durante o último Dia das Águas alguns dados particularmente alarmantes. Basicamente, há hoje mais pessoas com acesso a celulares do que a banheiros devidamente assépticos.
Segundo o órgão, atualmente 6 bilhões de pessoas têm acesso a algum tipo de aparelho de natureza mobile. Em compensação, há apenas 4,5 bilhões de pessoas vivendo em condições sanitárias mínimas. O fenômeno pode ser observado sobretudo em países subdesenvolvidos, tais como a Indonésia — onde é absolutamente comum encontrar pessoas que precisam defecar ao ar livre surfando no Facebook.
Conforme observou o site oficial da ONU, trata-se de um amostra clara de que, em alguns cantos do globo, as multinacionais cumprem exigências públicas mais rapidamente do que as instituições públicas.
Uma causa para inúmeras doenças
Dividir o ambiente em que se vive com excrementos pode ser verdadeiramente terrível para a saúde humana. Segundo dados da ONU, morrem anualmente 4,5 mil crianças em decorrência de males como a diarreia.Ademais, as baixas condições sanitárias ainda custam somas verdadeiramente astronômicas para os mercados emergentes. A India, por exemplo, despende por ano US$ 53,8 bilhões em decorrência de gastos relacionados, enquanto a Nigéria gasta US$ 3 bilhões.
O problema é tornado ainda mais grave por conta da escassez de água em vários desses países — cujo principal motivo são as péssimas condições dos sistemas de encanamento.
Um refresco da IBM
Não convém, naturalmente, demonizar a indústria de celulares e afins. Na verdade, possuir um aparelho mobile em um país subdesenvolvido pode garantir uma benéfica via de acesso a informações, conforme mostrou a fabricante de computadores IBM.Por ocasião do Dia das Águas, a multinacional liberou para a África do Sul um aplicativo que permite aos usuários tirar fotos e responder a algumas questões simples relacionadas à escassez de água.
De acordo com a empresa, o programa servirá para arquivar e analisar dados que, posteriormente, podem “ajudar as autoridades municipais a encontrar problemas e despachar equipes de manutenção para atender pontos prioritários”.
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