Alexandre Garcia -
Colunista da agência “Alô Comunicação”
Passou praticamente despercebido
do noticiário da semana passada a decisão da direção da Câmara Federal
de revogar uma resolução dela própria, de 1948, em que cassou o mandato
de 14 deputados do Partido Comunista.
A cassação fora baseada em
sentença do Tribunal Superior Eleitoral, confirmada pelo Supremo, porque
baseada na Constituição. Conhecida como constituição liberal, ela
vedava, no entanto o Partido Comunista, porque ele não aceitava a
pluralidade de partidos, nem a liberdade, nem a democracia nos países em
que estava no poder.
Recuperaram os mandatos, entre
outros, o escritor Jorge Amado, o mentor da guerrilha do Araguaia, João
Amazonas, e o autor do “Manual da Guerrilha Urbana”, Carlos Marighella –
todos agora mortos.
O Senado, por sua vez, devolveu o
mandato a Luís Carlos Prestes que, patrocinado por Moscou, tentou tomar
o governo em 1935, num levante que matou 32 militares, a maioria
enquanto dormia no quartel da Praia Vermelha.
A líder do Partido Comunista do
Brasil, a gaúcha Manuela d’Ávila, num discurso patético, disse que
demorou o reconhecimento da injustiça feita contra quem lutou pela
democracia e pelos direitos humanos. Ela deve julgar que todos sofrem de
alienação mental.
Quem mais oprimiu a democracia e
os direitos humanos no planeta, no século 20 foi o Partido Comunista.
Onde tomou o poder, a partir de 1917, suprimiu todos os direitos e impôs
ditaduras cruéis, torturadoras, sanguinárias, de que hoje ainda temos
resquícios, em Cuba e na Coreia do Norte. Foi o Partido Comunista que
baixou uma cortina de ferro sobre parte da Alemanha, sobre a Polônia, a
Hungria, a Tchecoslováquia e tantas outras infelizes nações da Europa e
Ásia.
Foi a maior praga do século 20,
afetando a vida de milhões de habitantes de países que ficaram sob seu
jugo, e de outros milhões em que os comunistas tentaram tomar o poder
pela força das armas, como no Brasil, por duas vezes, no Uruguai, na
Argentina, no Chile, para citar alguns sul-americanos.
O terror comunista matou mais que
o nazismo de Hitler – com quem, aliás, Stálin fez acordo para massacrar
a Polônia. Calcula-se que os assassinatos genocidas praticados por
ditadores comunistas na Europa e Ásia chegam a 100 milhões. O holocausto
de Hitler matou 6 milhões de judeus, segundo se calcula.
Escapamos da ditadura comunista
graças à incompetência monumental de Prestes e seus companheiros, na
tentativa de golpe em 1935. Moscou, que pagava tudo e mantinha
observadores em torno de Prestes, como Olga Benário, ficava atônita com
os erros dos comunistas brasileiros, como pesquisou em arquivos
soviéticos William Waack para o livro “Camaradas”.
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