Jornalista Andrade Junior

terça-feira, 26 de março de 2013

Serra é problema


Reynaldo-BH: Serra é problema

REYNALDO ROCHA
Não há como nem por que discordar de uma palavra do post de Augusto Nunes sobre o comportamento de José Serra e sua hostilidade a Aécio Neves.
Li hoje, em outro espaço, que São Paulo em 2014 não votaria em Aécio, pois ainda está com Serra. E que Aécio não tem como ser eleito sem o apoio de São Paulo. Veja bem: um comentarista “da casa”.
Esta aposta na divisão ─ uma nova Guerra dos Emboabas? ─ entre Minas (e outros estados) e São Paulo é de um bairrismo absurdamente míope.
Serra deixou de ser uma opção. É só o que sempre foi: um problema, um egocêntrico, um hesitante que não soube ser oposição contra a mais fraca candidata a presidente da história do Brasil, um desagregador, um ressentido. Enfim, alguém que teve a oportunidade de ser mais do que é e a desperdiçou. Não teria nem mesmo os votos que teve em 2010.
Não sei se é Aécio o nome da oposição. Sinceramente, ainda falta a este cimento algo que me anime. Mas certamente Serra nunca mais será sequer areia neste traçado. E dividir esta questão em bairrismo vulgar, é forçar a barra de uma visão que não é de Minas. É do Brasil.
Serra passou por 2010 e não deixou sequer marcas. Exceto a de considerar Lula um homem acima da história. Os tucanos sabem como ninguém administrar o desastre provocado por eles mesmos. E Serra é especialista em, sob os panos, envenenar tudo e todos.
Sei que lulopetistas dirão: “Era este cidadão que vocês queriam como presidente?”
Sim, era! E não vou usar o “Não sabia” como argumento de defesa. Prefiro o óbvio: melhor um desequilibrado com mania de grandeza do que um poste caracterizado pela subserviência indecente. Não queríamos um novo mandato de Lula. E ele conseguiu, colocando uma boneca de ventríloquo na cadeira que infectou.
Serra conseguirá o que quer? Não sei. Mas sei que o orgulho deste operador de desastres será recompensado se acabar com o partido, ou com a chance de haver uma alternativa ao lulopetismo.
Teria o argumento que tanto busca: eu não sou péssimo como candidato (ou debatedor). A culpa é de outros! E desse modo tentaria sobreviver ao enterro (de luxo) que fez questão de providenciar.

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