Pare para pensar e veja estamos, a cada novo dia, vivendo com mais restrições à nossa liberdade. E o que é ainda pior, não nos queixamos, aplaudimos.
É uma incoerência. Veja o amigo, você hoje vive cercado de grades e os bandidos à solta nas ruas, isto porque o estado é ineficiente e incapaz de assegurar ao cidadão a segurança tão almejada. Nós pagamos, com o recolhimento de impostos, por segurança, saúde e educação. Não temos nada disso.
Em qualquer esquina você pode comprar tóxico, como cocaína, heroína, maconha e tantos outros. Entretanto, se você entrar em uma farmácia não vai ter o direito de adquirir um medicamento porque lhe é exigido uma receita. É incrível mas é nossa realidade. Veja entrei dia desses em uma farmácia e pedi um anaceptil em pó, o chamado pózinho cicatrizante. Quem tem a minha idade ou mais deve ter usado muito esse medicamento e deve estar até surpreso com a sua ainda existência. Pois bem, o medicamento custa a bagatela de R$ 8 (oito reais), mas o balconista não pode me vender porque eu tinha que ter uma receita médica. Veja, tenho um machucado, sei a solução, mas para isso tenho que pagar por uma consulta médica para ter acesso ao medicamento. Ou então enfrentar horas a fio em um pronto socorro para uma consulta. Isso acontece com outros tantos medicamentos como por exemplo a pomada fibrase, candicort e outros tantos. Disse o balconista que se fizer a venda e não constar a receita o farmaceutico responsável vai preso. Ele de fato pode ir preso mas o traficante comercializa tranquilamente suas drogas.
Minha esposa tem intolerância à lactose e para poder ter uma vida digamos mais traquila precisa de uma enzima que se chama Lactaid. Ela é comercializada em qualquer supermercado em país desenvolvido como os Estados Unidos. É um produto da Jonhson que não tem licença para produzi-lo e comercializá-lo no Brasíl. Lá nos EUA uma caixa com 60 tablets custa algo em torno de U$ 5 dólares, o equivalente a 10 reais aqui no Brasil. Dia desses entrei em um site de lá e adquiri uma caixa. Quando chegou em campinas a alfandega e a Anvisa me pediram receita médica para a enzima. Sem problemas providenciei e estava disposto até a pagar impostos se houvessem. Criaram o maior causo e não liberaram a enzima dizendo que era "anabolizante". Santa ignorância, uma enzima confundida. Pior, se você entrar no mercado livre vai encontrar o produto sendo vendido livremente, ocorre que, ao invés de pagar R$ 10 reais, você vai pagar pela "caixinha" algo em torno de R$ 100,00 a R$ 150,00. Isto é, para contrabandistas tudo é possível, o cidadão de bem não pode ter o direito de importar, pois ai vem a receita e a anvisa para impedir.
Há pouco tempo baixaram a tal da lei da tolerância zero, isto é, se você for a um jantar, almoço ou algo semelhante tem o direito de sequer colocar um licor na boca, pois pode ser pego em uma blitz, ter sua carteira suspensa e ser tratado como marginal, afinal, burlou a lei. Diga-se de passagem que Policiais Militares para a tal da blitz do bafometro existe, mas não existe para correr atrás de bandidos ou para garantir sua segurança que é assegurada pela Constituição.
Nas vias há um sem número de pardais que não te permite desenvolver uma determinada velocidade. Se você andar acima dos 60, 70 ou mesmo 80 o Estado de pronto agira para lhe tungar mais dinheiro. Nada justifica a sua velocidade, você tem o único direito de não ter direito e pronto. Não há argumentos você é condenado de imediato sem mesmo ter o direito de defesa, até porque quando apresenta defesa é o mesmo que não apresentar, é feita por escrita e eles com o poder decisório dizem que você está errado e pronto. Pior é que o dinheiro arrecadado não é investido em melhorias de vias, sinalização, campanhas educativas ou algo que o valha. Esse dinheiro e mais um tantão é usado para a farra de governantes e outros. Custeiam entre outros hospedagens em hotéis mirabolantes lá no exterior, viagens, carros de luxo e tudo mais.
Estamos a cada dia em uma situação pior e ninguém fala nada, pelo contrário, batem palmas para a restrição das liberdades individuais.
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