VOTO RODRIGO DELMASSO 19123 DEPUTADO DISTRITAL
João Sorima Neto - O Globo
Avaliação da economia pela agência de classificação de risco independe de quem for eleito
O Brasil poderá ter sua nota de crédito rebaixada pela agência de
classificação de risco Moody’s já em 2015 caso o cenário econômico
apresente piora, independente de quem seja o presidente eleito. A
informação foi dada nesta manhã em São Paulo pelo analista da Moody’s
responsável pela nota soberana do país, o economista mexicano Mauro
Leos.
- Temos um prazo protocolar de 12 a 18 meses para reavaliar a economia.
Vamos esperar a reação do mercado, a equipe e as políticas que serão
anunciadas pelo novo governo. Se as perspectivas melhorarem, esperamos
esse período para uma reavaliação na nota. Mas se as condições da
economia piorarem, não somos obrigados a esperar e pode acontecer o
rebaixamento - afirmou Leos, nesta terça-feira, durante a 16ª
conferência da Moody’s, realizada em São Paulo.
Atualmente a nota do Brasil é Baa2, com perspectiva negativa, a segunda
menor classificação dentro da faixa considerada como grau de
investimento. Neste grupo também países como Colômbia, Panamá e Uruguai.
O último nível do grau de investimento é a nota Baa3. Nesse patamar,
segundo a avaliação da Moody’s, estão nações como a Indonésia, Índia e
Turquia.
Ele disse que a agência vai esperar a reação do Congresso e do mercado
financeiro ao novo governo. O economista avalia que um período de 12
meses é suficiente para avaliar o país. Em seu cenário principal para a
economia brasileira, no ano que vem, a Moody’s não espera uma piora
drástica da economia, embora não esteja muito otimista.
- A tendência de baixo crescimento deverá se manter em 2015. Pode
acontecer até uma recessão de 1% ou 2%, não sabemos - disse o analista.
No início deste mês, o Brasil teve sua perspectiva rebaixada de estável
para negativa.Leos explicou que o baixo crescimento da economia, a queda
do consumo, a redução do investimento privado, provocado pela
desconfiança do empresariado, e a piora da dívida pública fizeram a
Moody's reduzir a perspectiva para o Brasil.
— Uma das principais razões para o rebaixamento das perspectiva de
estável para negativa do país, foi o crescimento da economia abaixo de
seu potencial de 3% durante quatro anos consecutivos — disse Leos.
FONTE ROTA2014
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