Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O jogador

VLADY OLIVER

Confesso-me um péssimo jogador. Sempre fui. Conta contra mim um excessivo perfeccionismo e uma autocrítica avassaladora para quem tem de enfrentar pedaladas e voleios. Achei que minha sorte mudaria com a chegada de meu filho à adolescência. Diferente de mim, ele joga bem. E me ensinou logo de cara uma máxima que é o suprassumo dos investidores: Vende-se na alta para comprar na baixa; não o contrário. Tudo isso para pegar uma carona no comentário do Leonardo X – 10:11.
Também tenho essa mesma incerteza, meu caro amigo. E penso como você, o que não nos faz bons apostadores. O que eu diria neste momento solene, em que um Gilmar cruza para um Reale e deixa até para um FHC fazer um gol de placa, que demorou para estes senhores entrarem em campo, mas quando jogam, mesmo veteranos como são, sobra pouco para o adversário comemorar, cacarejando do outro lado do campo. O bom senso parece voltar à vida e sabemos que o mundo não é feito desses relinchos indecentes dos quais Lula e sua gangue de Dilmonas amestradas parecem viver e tentar se eternizar, mamando em nosso lombo impunemente.
Tenho dito isso aqui mesmo: ficar e enfrentar o inimigo. E quando as coisas estiverem de volta à normalidade democrática, com o dólar dentro de patamares menos indecentes e o país de volta aos trilhos, pegar minhas coisas e sair de fininho, que esse ufanismo vai durar pouco. Eu não diria que estamos perdendo a batalha para o PT, mas a batalha contra nós mesmos já perdemos faz tempo. Só um país que não tem coragem de se olhar no espelho, encarar a verdade e dela extrair o norte que toda moral exige, é capaz de cair em cada golpe, cada igrejinha, cada franja socialista, cada seita travestida de partido e cada atalho manco para se subir na vida que estes estelionatários engendram, não acreditando em coisas simples como trabalho, honestidade e caráter.
Nisto eu sou ruim de bola. Não acerto um gol de mão, não faço uma falta sem que o juiz perceba e não seguro as partes íntimas do adversário sem corar. Mas tenho um couro que não rasga fácil. E este couro me diz que, depois de tanto bater o bumbo entre poucos, estamos finalmente batendo o bumbo entre milhares, milhões. Dilma é, sim, determinada. Característica de todo ignorante, por sinal. Basta dar uma olhadela na história do mundo e veremos pessoas mais determinadas do que ela em fins ainda mais patéticos, entre tiros no crânio, cabeças separadas do corpo e linchamentos dos mais prosaicos.
É o que sobra quando a plebe rude finalmente entende que está sendo gatunada. A nossa parece que já entendeu, meu caro X. Desse jogo, não vai sobrar nem o campo. Espera a torcida invadir as quatro linhas para você ver com quantos paus no lombo se faz um gaiato engolindo um megafone de barba. Não tem nada de “democracia” na parada. É pegar o bandido que bateu a sua carteira e gritar para a turba: “Ladrão!!!” O resto você vai ver com seus próprios olhinhos. Brasil, sil sil, sil sil!!!






EXTRAÍDADECOLUNADEAUGUSTONUNESOPINIÃOVEJA

0 comments:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More