Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

PROTESTO DE 16 DE AGOSTO. DILMA E LULA NÃO ENTENDERAM E NÃO SABEM DE NADA. ADIVINHEM O QUE PENSA A MAIORIA SILENCIOSA QUE NÃO ESTAVA NAS RUAS

ROBERTO MONTEIRO PINHO -

O protesto programado para o dia 16 de agosto (domingo) teve efeito devastador. Não apenas pelo resultado as adesões, e sim por ser detonado em plena crise econômica e política pela qual atravessa o Brasil, se tornando um combustível para incendiar as manifestações contrárias ao governo da presidente Dilma Rousseff e ao PT.

Lembrando que em 15 de março, quando cerca de 1 milhão de brasileiros (números do G1 750 mil) saíram às ruas pela primeira vez, falava-se em previsões de um cenário negativo. Em que pese a ironia dos petistas (poucos, e a maioria militância paga, personagens manjados da CUT e do MST e servidores comissionados), não desmanchou o que se esperava.

AFINAL NÃO QUEREM PERDER A BOQUINHA...

Decorridos sete meses de um segundo governo Dilma/PT, Lula-lá e aliados, as previsões não só se converteram em realidade – com a queda de indicadores econômicos, o avanço da Operação Lava jato e a contestação de contas da presidente nos tribunais – como alimentam o discurso de quem depõe contra o governo.

A dimensão real dos protestos de domingo ainda é desconhecida. A publicidade estatal calou a boca da mídia adesista. O fato é que hoje o dinheiro sumiu do bolso do trabalhador, a classe média entrou em agonia, e o desemprego avançou.

A inflação acumulada dos últimos 12 meses saltou de 8,12%, em março, para 9,55%, em julho, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Banco Central (BC) aumentou a taxa básica de juros (Selic) de 12,75% para 14,25%. O número de desempregados cresceu no país e, segundo o IBGE, a taxa de desocupação passou de 6,2%, em março, para 6,9%, em julho.

Avaliando um volume pesado de textos sobre o evento de domingo, dá para sentir que o “foco” da manifestação, é o impeachment da presidente Dilma, passando pela redução do número de ministérios, e a moralização do Congresso brasileiro.

O povo, sem saúde, educação, moradia e sem emprego, quer e vai protestar, e acredito seja uma enorme manifestação, maior do que a que presenciamos em julho de 2013.

Um dos principais Movimentos envolvidos na mobilização popular o Movimento Brasil Livre (MBL) que tem seu terreno na capital mineira, avalia que ao menos 2 milhões de brasileiros  protestaram nas cidades brasileiras.

Para os que ainda acreditam que a estabilidade política, é sinônimo de pacificação social e a pressão popular só atrapalha. Neste caso, avalia-se que em nenhum momento, os que praticaram este genocídio corrupto contra o estado, com as cores do PT, PMDB e outras siglas alugadas (denominadas base) ditas “voltadas para o bem estar da nação”, convence.

Cabe decifrar o resultado desalentador da última pesquisa, onde o governo Dilma tem 93% de rejeição e o Congresso 12%. Hoje se o número recuperar meio por cento, Dilma festejará. Em outros tempos, jamais teria imaginado tamanha solidão com a comunidade.

Diria que o grito de 2013: “Vocês não nos representam”, tinha sua profunda e incontestável razão de ser...
extraídadatribunadaimprensaonline

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