Francisco Vieira
Tenho um amigo funcionário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios que sentia vergonha todas as vezes que ia e voltava do trabalho. Por ser ele o único funcionário do Tribunal que morava em umas das cidades da periferia de Brasília, sempre era o único passageiro do ônibus funcional. Contava ele que ficava “sem ter onde enfiar a cara” ao ver homens, mulheres e crianças espremidos em ônibus lotados ao lado do dele, feito animais, enquanto o ônibus onde ele estava, com mais de quarenta assentos desocupados, seguia apenas como ele e o motorista!
Mesmo ele tendo conseguido aquele emprego com muito estudo e esforço, se sentia desconfortável pela cruel realidade dos outros! Como até olhar para os lados era constrangedor, fingia ler alguma coisa durante o percurso…
QUESTÃO DA SEGURANÇA
E para não dizerem que não toquei no assunto da falta de segurança em Brasília, capital do país da mandioca, mas que deveria ser chamado de país do fumo, em homenagem aos habitantes, segue esta notícia que fala por si:
Um homem suspeito de furto a residências em Brasília foi preso pela 36ª vez, pelo mesmo motivo, segundo a polícia. Mesmo sendo preso em flagrante, ainda é chamado, carinhosamente, de “suspeito” para não despertar a ira dos defensores dos direitos humanos que estão infiltrados no Palácio do Planalto, no Ministério da Justiça, no Congresso Nacional e no Ministério Público. E logo estará solto.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Concordo totalmente com o comentarista Francisco Vieira. As pessoas perderam o sentimento da vergonha. Lembro que Tancredo Neves dizia que nenhum político deve aparentar riqueza. Mas hoje é diferente, as pessoas roubam tanto que jamais conseguirão gastar o dinheiro, mesmo se fossem viver muitas vidas. Mantêm uma relação esquizofrênica com o dinheiro e têm orgulho em demonstrar riqueza. Lembro também o megaempresário Antonio Ermírio de Moraes, que nasceu rico, mas era a simplicidade em pessoa. Bons tempos. (C.N.)
extraídadatribunadainternet





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