MIRANDA SÁ -
Revoltamo-nos ao assistir a soltura dos mensaleiros, condenados por
corrupção ativa e livrados da pena de formação de quadrilha por uma
firula jurídica. O indulto de Natal livrou o corrupto José Genoíno pela
letra fria da Lei. Mas alguém poderia ter pedido a devolução do dinheiro
surrupiado dos cofres públicos no Mensalão. E ninguém o fez.
Será que o mesmo ocorrerá com os assaltantes do Petrolão? Confio que
não, se o PRG Rodrigo Janot não mentiu ao dizer: “Não é possível que os
políticos não saibam a origem do dinheiro que abastece seu partido e sua
campanha”.
No “inquérito mãe” da Operação Lava Jato estão denunciados dois
governadores, 12 senadores e 34 deputados e ex-deputados federais. Mas
neste País de meu Deus, de tanta infâmia e covardia, parlamentares só
podem ser presos se condenados ou flagrados em crime inafiançável.
Desta vez, na roedura das ratazanas da Petrobras, está tudo presente e
evidente, com os agentes políticos, operadores de lavanderia de
dinheiro, o percentual dos corruptos nas propinas e as “doações legais”.
Tudo, exceto a coragem para julgar e prender o grande responsável pela
roubalheira, o pelego Lula da Silva.
Até as calçadas da Rua Pouso Alegre, 21, em Ipiranga, endereço do
Instituto Lula, na capital paulista, sabem do envolvimento do Pelegão.
Era ali que os donos e representantes das empreiteiras corruptoras (ou
corrompidas?) desfilavam levando agrados para despertar o interesse de
Vacari – tesoureiro do PT – e conseguir contratos na Petrobras.
As moscas do banheiro daquele centro de corrupção zumbem em torno das
chantagens de Lula, Okamoto e Vacari na atividade criminosa montada
para arrebatar o patrimônio das empresas estatais e fundos de pensão.
Ali se criou o esquema que submeteu a Petrobras aos desígnios
totalitários do Partido dos Trabalhadores.
Esta extorsão está prestes a ser denunciada pelos executivos de
construtoras presos. Daí vai aparecer a saga trapaceira de Lula, das
conferências remuneradas promovidas pelo cartel das propinas, das
viagens ao Exterior em jatos particulares e das consultorias financiadas
pelo BNDES.
Porém, Lula ficou de fora das denúncias, assim como Dilma, que
presidindo o Conselho Deliberativo da Petrobras é responsável pela
compra criminosa da Pasadena e outros atos ilícitos. Sem a ajuda da PF e
do MP, não será fácil provar que essa dupla malfeitosa escapou porque o
PT-governo manipulou a lista que a Procuradoria Geral entregou ao STF.
Denunciam essa maquinação Renan Calheiros e Eduardo Cunha presidentes
do Senado e da Câmara com a autoridade que lhes foi concedida
legalmente. Se for mentira ou verdade, cabe à Justiça investigar.
A subtração de Lula é graças ao inexplicável medo das esferas
jurídicas responsáveis por aplicar a lei; e, quanto à livrança de Dilma,
deve-se a uma filigrana jurídica incorporada à Constituição de que ela
só poderá ser investigada por ações funcionais praticadas no exercício
do mandato.
Por essas deformidades políticas imperantes, exigimos a renúncia de
Dilma – com a qual todos ganhariam, seus opositores e ela própria. Não
há alternativa para quem ama o Brasil: Vamos às ruas no dia 12 de abril,
triplicar as manifestações de 15 de março.
Que o poeta da libertação, Castro Alves, quebre o mármore da estátua e
volte à vida para cantar conosco: “A praça é do povo como o céu é do
condor”.
extraídadapáginatribunadaimprensaonline





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