Jornalista Andrade Junior

domingo, 4 de janeiro de 2015

Patética, Dilma tenta assumir a “autoria” do combate à corrupção

Carlos Newton
Não há mais dúvida. A presidente Dilma Rousseff inspira cuidados e precisa de terapia, o mais rápido possível. No primeiro pronunciamento do segundo mandato, a chefe do governo mostrou que está vivendo num mundo à parte, que nada tem a ver com a realidade da conjuntura negativa que o país atravessa.
Ela se comporta como se estivesse permanentemente em campanha eleitoral e governar fosse apenas um detalhe. Em seu longo e enfadonho discurso de posse, delirou à vontade, discorrendo sobre o que considera as grandes conquistas do “extraordinário trabalho” do ex-presidente Lula e dela própria, como se o país estivesse às mil maravilhas.
Esquecida de que não tem recursos para nada e o governo está até cortando direitos sociais dos trabalhadores, Dilma anunciou o imaginário lançamento do PAC-3, como se tivesse concluído as prometidas obras do PAC-1 e do PAC-2. Vamos então conferir as delirantes promessas da presidente:
Agora, vamos lançar o terceiro PAC, o terceiro Programa de Aceleração do Crescimento e o segundo Programa de Investimento em Logística. Assim, a partir de 2015 iniciaremos a implantação de uma nova carteira de investimento em logística, energia, infraestrutura social e urbana, combinando investimento público e, sobretudo, parcerias privadas. Vamos aprimorar os modelos de regulação do mercado, garantir que o mercado privado de crédito de longo prazo, por exemplo, se expanda. Garantir também que haja sustentação para os projetos de financiamento de grande vulto”, disse ela, como se fosse possível obrigar os bancos a fornecerem empréstimos de longo prazo com juros baixos, como faz o BNDES.
FESTIVAL DE DELÍRIOS
Lendo o discurso escrito pela criatividade dos marqueteiros do Planalto, Dilma viajou ao descrever um país irreal, imaginário, em que tudo está dando certo e não existem maiores problemas. O mais grave, porém, foi tentar assumir a autoria do combate à corrupção, quando na verdade ela fez exatamente o contrário em seu primeiro mandato, reduzindo as verbas da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, conforme ficou claro no pronunciamento com que o corregedor Jorge Hage recentemente pediu demissão, alegando impossibilidade de executar suas obrigações funcionais.
Vejam o que disse essa incansável caçadora de corruptos, que convive amigavelmente com eles e na semana passada recebeu sigilosamente no Palácio da Alvorada o mensaleiro José Dirceu para um longo entendimento:
Democratizar o poder significa combater energicamente a corrupção. A corrupção rouba o poder legítimo do povo. A corrupção ofende e humilha os trabalhadores, os empresários e os brasileiros honestos e de bem. A corrupção deve ser extirpada.
O Brasil sabe que jamais compactuei com qualquer ilícito ou malfeito. Meu governo foi o que mais apoiou o combate à corrupção, por meio da criação de leis mais severas, pela ação incisiva e livre de amarras dos órgãos de controle interno, pela absoluta autonomia da Polícia Federal como instituição de Estado, e pela independência sempre respeitada diante do Ministério Público. Os governos e a Justiça estarão cumprindo os papéis que se espera deles: se punirem exemplarmente os corruptos e os corruptores.
A luta que vimos empreendendo contra a corrupção e, principalmente, contra a impunidade, ganhará ainda mais força com o pacote de medidas com o qual me comprometi durante a campanha, e me comprometo a submeter à apreciação do Congresso Nacional ainda neste primeiro semestre”, afirmou a criativa presidente Dilma, que mais parece o professor Pangloss imortalizado por Voltaire
Resumindo: o problema é grave. Nossa governante está mesmo necessitando de terapia, para voltar ao normal e enxergar o que está acontecendo à sua volta. Seu comportamento é tão patético que nem mesmo Freud conseguiria explicar. Vai ser preciso convocar uma junta médica.



fonte tribunadainternet

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