REYNALDO ROCHA
Foram 26 dias de um silêncio sepulcral. Ayn Rand, filósofa que influenciou uma geração de poetas e mesmo economistas, parece ter decifrado antecipadamente a esfinge do Planalto Central que nos devora:
“Quando você perceber que, para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho; que as leis não nos protegem deles mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
Dilma está condenada. Na reunião com o ministério, um pastiche da peça de Pirandello, havia 39 personagens à procura de uma autora. Assim é se lhe parece…
Ou seriam os rinocerontes de Ionesco? Qual absurdo é mais desconcertante?
Dilma é o absurdo personificado. Nós somos a plateia de uma comédia que troca o humorismo pelo drama assustador.
Na Granja da Torta (mantendo o gênero exigido pela presidanta), Dilma falou para quem? Para quê? Quem lhe dará crédito?
Foi um discurso do nada focando o vazio. A piada – nervosa e envergonhada – que não faz rir. A farsa renovada. O mundo é culpado da desgraça que herdou de si mesma.
O importante é pagar – na boca do caixa – o ingresso claramente falsificado.
O PT acabou. Lula ignora Dilma. Zé Dirceu quer derrubá-la. Marta bate mais do que apanhou quando prefeita ou ministra. Os ministros da Casa são Pepe “Legal” Vargas e suas ferraduras, Aloísio Mercadante e o poder que nunca basta, ou um Berzoini que gostaria de empunhar uma bazuca contra o Charlie Hebdo. A alternativa é o controle social da mídia.
Pirandello sempre esteve certo mesmo sem ter conhecido Dilma: “É próprio da natureza humana, lamentavelmente, sentir necessidade de culpar os outros dos nossos desastres e das nossas desventuras”.
Com uma diferença:. Dilma não sente – jamais sentirá – culpa nenhuma por seus desastres e desventuras. Ela É o desastre. E também a nossa desventura! Infelizmente, não se dá conta do quão infeliz é! Nem entende que fez da farsa e da mentira o seu modo de viver.
Foram 26 dias de um silêncio sepulcral. Ayn Rand, filósofa que influenciou uma geração de poetas e mesmo economistas, parece ter decifrado antecipadamente a esfinge do Planalto Central que nos devora:
“Quando você perceber que, para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho; que as leis não nos protegem deles mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
Dilma está condenada. Na reunião com o ministério, um pastiche da peça de Pirandello, havia 39 personagens à procura de uma autora. Assim é se lhe parece…
Ou seriam os rinocerontes de Ionesco? Qual absurdo é mais desconcertante?
Dilma é o absurdo personificado. Nós somos a plateia de uma comédia que troca o humorismo pelo drama assustador.
Na Granja da Torta (mantendo o gênero exigido pela presidanta), Dilma falou para quem? Para quê? Quem lhe dará crédito?
Foi um discurso do nada focando o vazio. A piada – nervosa e envergonhada – que não faz rir. A farsa renovada. O mundo é culpado da desgraça que herdou de si mesma.
O importante é pagar – na boca do caixa – o ingresso claramente falsificado.
O PT acabou. Lula ignora Dilma. Zé Dirceu quer derrubá-la. Marta bate mais do que apanhou quando prefeita ou ministra. Os ministros da Casa são Pepe “Legal” Vargas e suas ferraduras, Aloísio Mercadante e o poder que nunca basta, ou um Berzoini que gostaria de empunhar uma bazuca contra o Charlie Hebdo. A alternativa é o controle social da mídia.
Pirandello sempre esteve certo mesmo sem ter conhecido Dilma: “É próprio da natureza humana, lamentavelmente, sentir necessidade de culpar os outros dos nossos desastres e das nossas desventuras”.
Com uma diferença:. Dilma não sente – jamais sentirá – culpa nenhuma por seus desastres e desventuras. Ela É o desastre. E também a nossa desventura! Infelizmente, não se dá conta do quão infeliz é! Nem entende que fez da farsa e da mentira o seu modo de viver.
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