Thaís
Betat do site contas abertas
Surpreendentemente
altos. Essa é a opinião de João Alves, dono de copiadora em Brasília, ao saber
que a União (Executivo, Judiciário e Legislativo) fez uso de R$ 162,1 milhões
para custear cópias de documentos ao longo do ano passado.
O valor
desembolsado para a reprodução de documentos da União em 2014 foi superior ao
de 2013. No exercício anterior, os gastos somaram R$ 155,6 milhões, em valores
constantes, já atualizados pela inflação. Sendo assim, foi cerca de 4%, ou R$
6,5 milhões, menor.
Alves
tira cerca de 3,5 mil cópias por dia. Para ele, a quantia gasta pelo governo
resulta em volume muito grande de papéis. O comerciante crítica a prática
adotada, já que, segundo ele, hoje em dia qualquer documento pode ser visto
digitalmente. “O governo está vacilando”, afirma.
O
comerciante ainda deu dicas para o governo diminuir os gastos com cópias. “Os
documentos devem ser impressos frente e verso, dessa forma há economia nas
contas do governo e também nos papéis, o que é melhor para o planeta”.
Caso os
órgãos da administração pública federal tivessem contratado Alves, mais de 1,6
bilhão de cópias teriam sido impressas. O preço médio que o comerciante cobra
por xerox comum, em preto e branco, é de R$ 0,10.
Além
disso, se João Alves apenas tirasse cópias nos 26 dias que trabalha por mês, os
gastos da União poderiam pagar quase 1,5 mil anos de trabalho do comerciante.
Por órgão
O
Ministério da Educação (MEC) lidera entre os órgãos que mais aplicam nesse
serviço. Em valores correntes, de 2013 para 2014, o montante gasto com as
cópias aumentou em 12%, já que no ano passado foram usados R$ 36 milhões do
orçamento e no ano anterior R$ 32,2 milhões.
A
administração do MEC e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação são os
maiores centralizadores dos dispêndios com as cópias. As unidades pagaram R$
2,7 milhões e R$ 2 milhões, respectivamente, no ano passado. Em termos de
universidades, a que se destaca é a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul,
que desembolsou com R$ 2,2 milhões.
O
Ministério da Fazenda vem logo atrás em relação ao montante empregado em xerox
de documentos. No entanto, de um ano para o outro, houve diminuição de despesas
correntes. No ano passado, foram usados R$ 14,8 milhões para esse fim. Já no
ano anterior, haviam sido R$ 18,5 milhões.
A Procuradoria
Geral, ao que parece, foi a que mais fez cópias dentro do Ministério, ao todo
foram R$ 3 milhões. Em segundo lugar, encontra-se o Banco Central, que gastou
R$ 2,2 milhões apenas em cópias de documentos.
O
Minsitério da defesa também foi um dos que mais comprometeu seu orçamento com
cópias. O aumento de 2013 para 2014 foi de 8%. Tendo em vista que foram gastos
R$ 12,5 milhões no ano passado e no anterior, R$ 11,5 milhões.
Mais
precisamente, foi a força aérea que demandou, no ano passado, maior importância
em impressão de documentos. Apenas o Grupamento de Apoio de Infraestrutura de
São José dos Campos, centro de preparação para militares da reserva, chegou a
aplicar R$ 1 milhão, ou 8% do orçamento do Ministério da Defesa.
fonte sitecontasabertas
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