Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Governo muda estratégia e parte para o ataque

por Cristiana Lôbo G1 - Globo.com

 Desde o início da Operação Lava Jato o governo dá a mesma resposta, como um mantra: "todas as doações são legais e estão declaradas à imprensa". Depois de divulgados trechos da delação premiada de Ricardo Pessoa, agora envolvendo as contas da campanha da presidente Dilma Rousseff de 2014, uma nova estratégia está em execução.
Além de assegurar que todas as doações são legais, os petistas também partem para o ataque e passam a questionar que não há suspeição sobre doações semelhantes a outros partidos e outros candidatos. O primeiro nome citado é o de Aécio Neves (PSDB), que foi para o segundo turno com Dilma e tem comandado as ações da oposição desde a posse. Para eles, "há uma tentativa de criminalizar as doações feitas ao PT".


Alguns sinais foram claros para mostrar que aumentou muito a preocupação da presidente Dilma com os termos da delação premiada de Pessoa: ela fez uma reunião de emergência na manhã deste sábado no Palácio da Alvorada e convocou os dois ministros citados – Aloízio Mercadante e Edinho Silva.
O terceiro chamado foi José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça e superior hierárquico da Polícia Federal que faz as investigações. A conversa se prolongou e até atrasou a saída de Dilma para a viagem aos Estados Unidos. Mercadante, que integrava a comitiva, acabou ficando. Os ministros passaram, então, a afinar o discurso.
O primeiro ponto determinado por Dilma foi questionar o que eles chamam de "vazamento seletivo" de informações na operação Lava Jato. Segundo os petistas, não se fala de outras doações feitas a outros partidos – se esquecendo da citação do nome do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) que também foi citado e desmentiu ter recebido contribuição em caixa dois.
Na entrevista ao lado de Cardozo, Edinho logo questionou o que chamou de "tese da criminalização das doações ao PT", o que, segundo eles, não tem acontecido com outras campanhas.
Aloízio Mercadante, que não foi à viagem, mas também não participou da entrevista de Edinho, decidiu falar – e explicar o que havia dito na véspera, que as doações à campanha dele foram legais e têm recibo que já foi apresentado.







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