The Economist chama políticos brasileiros de “zumbis”
No Estadão:
A revista britânica The Economist classificou os políticos brasileiros, citando como exemplo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), de “zumbis”. O artigo publicado no último sábado, 16, analisou a manutenção do poder político de figuras públicas envolvidas em casos de corrupção, em alguns casos já até condenadas. ”Apesar de sérias alegações de corrupção, a velha guarda continua voltando”, escreveu o semanário no subtítulo do artigo.
A revista britânica The Economist classificou os políticos brasileiros, citando como exemplo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), de “zumbis”. O artigo publicado no último sábado, 16, analisou a manutenção do poder político de figuras públicas envolvidas em casos de corrupção, em alguns casos já até condenadas. ”Apesar de sérias alegações de corrupção, a velha guarda continua voltando”, escreveu o semanário no subtítulo do artigo.
A análise
relembra a última eleição de Renan à presidência do Senado em 2007,
quando foi obrigado a renunciar por ter sido acusado de ter despesas
pessoais pagas por um lobista de construtora. O texto enfatiza também o
fato de a presidente Dilma Rousseff ter aceitado a candidatura de Renan
depois de ter sido rígida na punição de ministros enredados em episódios
de corrupção.
No artigo,
Renan é também tido como um “novo exemplo bem estabelecido de fenômeno
brasileiro”: do político que não é atingido por denúncias. “O Senhor
Calheiros é o mais novo exemplo de um bem estabelecido fenômeno
brasileiro: o político que consegue sobreviver a qualquer número de
pancadas aparentemente fatais”, resume o semanário.
Outros
casos são relembrados pela The Economist. Cita o julgamento do mensalão e
também outros políticos condenados por corrupção como os deputado Paulo
Maluf (PP) e José Genoino (PT), com críticas de que eles ainda assim
continuam exercendo seus mandatos no Congresso.”Um terço dos
legisladores do Brasil ou foram condenados ou estão sendo investigados
por crimes que vão de compra de votos a roubo e exploração da
escravidão”, diz o texto.
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