Jornalista Andrade Junior

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Parla, Lula! Parla!



Reynaldo-BH: ‘Parla, Lula! Parla!’

REYNALDO ROCHA
A culpa é de FHC! Lula seria a obra-prima de Fernando Henrique Cardoso? E este uma nova encarnação de Michelangelo?
Lula é o “Moisés” esculpido pelo gênio de Caprese. Conta a história que ao término de Moisés, Michelangelo, impressionado com o que havia realizado, exclamou: PARLA!
Só FHC consegue que Lula fale. O silêncio de quase 100 dias sobre o que exigimos saber é mais uma bofetada na cidadania. Não se trata de segredos de alcovas ou, quem sabe, 50 tons de marrom. Trata-se de perguntas simples que precisam de respostas do mesmo teor.
Rosemary Noronha foi escolhida a partir de quais qualificações? Como assessora internacional,, domina quantos idiomas? É formada em exatamente o quê? Há quanto tempo assessora Lula? Por que tinha passaporte diplomático? Por que acompanhou Lula em viagens ao exterior? Onde se hospedava? Lula autorizou Rose a falar em nome dele? Lula apoiava as tratativas corruptas da amante? Recebia algo por estes favores da dileta assessora? Rose estava autorizada a se apresentar como namorada do co-presidente? Nenhum dos ameaçados pelos pedidos de Rose procurou Lula (ou alguém com acesso ao ex-presidente) para relatar a chantagem ameaçadora? Lula nunca soube dos irmãos Metralhas, cuja indicação bancou, ou da ligação da dupla com Rose? Nunca soube do aumento patrimonial da amante?
Após quase 100 dias, Lula falou! Sobre FHC! É só o que sabe falar.
Um “Móises” que se revolta com o Michelangelo que o criou. A criação se revoltando contra o criador. O mármore que se sabe pedra. Que só tem a forma que tem, pelo gênio que o moldou.
É preciso matar o criador para existir como criatura. Não se trata de mera inveja patológica. Trata-se de sobrevivência. Igualmente doentia.
É sintomático que Lula peça (ou ordene) que FHC se cale. Faz parte do delírio. Que solicita o silêncio do outro para garantir o próprio discurso. Quer que o criador fique mudo para conseguir atenção.
Não se preocupa sequer com a imbecilidade de exigir de terceiro o que se recusa a fazer: calar-se. Mesmo que um alerte e exponha verdades. E a estátua repita mentiras que só visam destruir o motivo da infelicidade existencial que o perturba.
Lula fala. Sobre FHC. E sobre tudo. Exceto quando o “não sabia” é ineficaz. Ou risível.
É tão evidente a obsessão psicótica de Lula em relação ao criador que não se importa com outras críticas: de Eduardo Campos, de Ciro Gomes, da imprensa e de milhões de brasileiros. Estes são desprezados. Não merecem respostas. Porém, em relação a FHC, é imediata a resposta espumando ódio pela baba que escorre da boca.
Se FHC ousar dizer que Lula já não tem barba, será ferozmente atacado em represália. Se o Brasil disser que Lula tem uma amante que foi paga com nosso dinheiro e usou do cargo (e cama) para ser uma corrupta na antessala da presidência, ouviremos o silêncio.
Parla, Lula! Parla!
Quem sabe se FHC perguntar algo sobre Rose ─ o que cobramos há mais de três meses! ─ Lula atenda à ordem do criador. E fale. Mesmo que diga ─ quem sabe? ─ que Rose é uma agente da direita raivosa infiltrada pelos tucanos na cama do Imperador de Garanhuns.
Lula pediu para FHC se calar. O Brasil decente exige que Lula fale.
É uma diferença imensa. Que demonstra o mesmo: o caráter de quem nascendo para ser cópia, jamais conseguirá ser original.
Parla! Sem precisar que seu criador ordene.

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