Augusto
Nunes
A última
ararinha-azul deixou de voar nos céus do sul da Bahia em 2002. É uma espécie
extinta. O mico-leão dourado é visto cada vez mais raramente na região
montanhosa do Rio de Janeiro. É uma espécie em extinção. Talvez para escapar
das constrangedoras cobranças de entidades que lutam pela preservação de
relíquias da fauna, o governo federal vem estimulando há 10 anos a expansão de
uma espécie – o comunista - em acelerado processo de desaparecimento no
mundo civilizado.
Pelo que se
viu nesta semana, não vai sumir tão cedo a subespécie que, batizada
cientificamente de stalinista-que-quer-ser- guevara-quando-crescer, acaba de
ganhar um codinome que homenageia o país de origem e a ilha que venera:
comunista-de-cubrasil. Excitado com a visita da jornalista Yoani Sánchez, esse
espanto tropical, cujo principal habitat é a selva dividida pelo PT e pelo
PCdoB, exibiu-se com tamanha frequência que, em menos de uma semana, milhões de
brasileiros aprenderam a reconhecê-lo.
Os
integrantes da subespécie só circulam em bando. Alimentam-se de sanduíches de
mortadela. Bebem tubaína e, nas aparições patrocinadas pela embaixada de Cuba,
também cerveja quente. Ornamentam o peito com o pôster de Che Guevara e/ou
estrelinhas vermelhas. Creem em Fidel Castro e Hugo Chávez. Estão permanentemente
coléricos. Repetem aos berros meia dúzia de palavras de ordem que sempre
incluem expressões como “imperialismo ianque”, “CIA”, “direita” e “revolução”.
Não permitem que quem se exprime em linguagens distintas emita qualquer som
enquanto estiverem por perto. E não se reproduzem em cativeiro.
Baseados no
vídeo abaixo (apenas
0,19 min),
especialistas em degenerações da espécie humana acham que o
comunista-de-cubrasil é um caso clínico. Gente normal acha que é um caso de
polícia.
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