Percival Puggina
"Prometo estar contigo na alegria e
na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te,
respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a
morte nos separe."
Ao deparar, na rede, com a imagem acima, vieram-me à mente essas palavras que fazem lembrar os casamentos antigos, o tradicional matrimônio civil e religioso, celebrado diante do altar, com promessas para valer, custe o quanto custar.
A imagem, como se percebe, é apenas um retalho. A tela inteira teria centenas de rostos de supostos, autodefinidos e, mesmo, verdadeiros intelectuais e artistas que casaram com o PT, mediante promessas que resistem ao tempo e ao vento e admitem, até mesmo, o clássico "Tu não prestas, mas eu te amo".
No somatório de interesses e afinidades está o esclarecimento sobre tamanha devoção. A proteção dos seus artistas e intelectuais, num conluio reciprocamente benéfico e em escala planetária integra as mais consistentes estratégias do movimento revolucionário de esquerda. Mundo afora, no ambiente cultural, eles se conhecem, reconhecem, trocam prêmios, distribuem troféus e, sempre que próximos a um cofre, se abastecem de vantajosos contratos.
São raros os divórcios. A revolução cubana já contava 44 anos quando Saramago rompeu com ela. "Até aqui eu vim!", disse antes de lançar a aliança sobre o leito nupcial, no que foi seguido, dias depois, por Mercedes Sosa. Nos dois casos, o humanismo comunista resistiu sem engulhos um histórico de 20 mil execuções, antes de dizer "Chega!". Não é diferente a tolerância dessa turma com a descomunal organização criminosa que operou no governo companheiro.
extraídadepuggina.org
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