Kim Kataguiri: Folha de São Paulo
Nesta segunda (24), um adolescente foi morto a facadas na Escola
Estadual Santa Felicidade, em Curitiba. A escola, como inúmeras outras
no Estado do Paraná, estava invadida por militantes que, supostamente,
estariam protestando "contra a PEC 241".
Na semana passada, Arthur do Val e Renan Santos, coordenadores do MBL,visitaram algumas escolas para tentar entender o
que pensam os invasores e acabaram descobrindo que tanto o Conselho
Tutelar como sindicatos dos professores incentivam e protegem as "greves
estudantis", que não têm nenhuma previsão constitucional ou legal, e
dão plenos poderes para que dezenas de jovens fiquem trancafiados em
escolas, decidindo quem entra e quem sai por meio de "assembleias" e
tomando decisões de maneira inquestionavelmente arbitrárias, sem nenhum
respaldo legal.
As invasões são demonstração clara do oportunismo político dos
sindicatos, que instrumentalizaram jovens que, como os vídeos mostram,
não leram a PEC e, portanto, estão servindo a uma agenda política que
nem conhecem.
O discurso dos defensores das invasões se sustenta na descarada mentira
de que a PEC 241 busca cortar investimentos na educação. Porém o que a
realidade mostra é que esses "protestos" são abertamente apoiados por
líderes e militantes do PT, PSOL e PC do B, concidentemente os mesmos
partidos que foram contra a aprovação de mais de 1 bilhão de reais para
educação, sendo mais de R$ 700 milhões para renovar contratos do Fies.
As invasões não são contra a PEC 241, muito menos pela educação. As
invasões servem à agenda de um partido político que, derrotado pelas
leis, pela democracia e pelas maiores manifestações da história do país,
apela à barbárie para tentar sobreviver praticando uma oposição
absolutamente anti-republicana.
Dito isso, é preciso ressaltar, também, a negligência do Ministério
Público, que assistiu calado a essa barbárie, e um apoio absolutamente
irresponsável tanto da imprensa paranaense como da imprensa nacional,
que fizeram de tudo para glorificar as invasões e dar a elas ares de
manifestação legítima.
Esses fatores resultaram, infelizmente, num incidente fatal: a morte de um jovem inocente.
Quando liberais defendem o cumprimento das leis não é por implicância
política com aqueles que discordam de suas visões. É para impedir que
episódios como esse aconteçam. Há maneiras pacíficas e republicanas de
se protestar. Para manter a ordem e, consequentemente, proteger a
democracia e a própria vida das pessoas, é por meio delas que se deve
atuar. Nada de bom pode surgir da barbárie.
Agora, é dever do governador acabar com todas as invasões imediatamente.
O oportunismo político dos sindicatos passou dos limites. A vida de
inúmeros jovens não podem ficar à mercê de agendas políticas obscuras.
extraídaderota2014blogspot
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