por Carlos I.S. Azambuja
Essa publicação, da qual extraímos alguns excertos, resume pontos fundamentais tidos pela ideologia trotskysta, em todo o mundo, como verdades verdadeiras:
“- o governo do Estado moderno não é nada mais que uma junta que administra os negócios comuns de toda a classe burguesa. Esta fórmula sucinta que os dirigentes da social-democracia consideraram como um paradoxo, de fato contém a única teoria científica do Estado;
- o proletariado não pode conquistar o Poder dentro do marco legal estabelecido pela burguesia.Os comunistas declaram abertamente que seus fins só podem ser alcançados destruindo, pela força, as condições sociais existentes;
- para a transformação socialista da sociedade, a classe operária deve concentrar em suas mãos um poder tal que lhe permita esmagar todos e cada um dos obstáculos políticos que fechem o caminho ao novo sistema: o proletariado organizado como classe dominante, isto é, a ditadura;
- o desenvolvimento internacional do capitalismo é que determina o caráter internacional da revolução proletária. A ação comum do proletariado é uma das principais condições para a sua emancipação. O desenvolvimento ulterior do capitalismo uniu tão estreitamente todos os setores do nosso planeta no sentido de que a revolução socialista assumiu total e decisivamente um caráter mundial. A degeneração bonapartista do Estado soviético é uma demonstração da falsidade da teoria do socialismo em um só país;
- uma vez que no curso do desenvolvimento hajam desaparecido as diferenças de classe e se haja concentrado toda a produção em mãos de uma imensa associação dos indivíduos de toda a Nação, o poder público perderá seu caráter político. Em outras palavras, o Estado se desvanece. A sociedade permanece, liberada de sua camisa de força. Isso não é outra coisa que o socialismo. O teorema inverso: o monstruoso crescimento da coerção estatal na URSS é o testemunho eloqüente de que a sociedade se está afastando do socialismo;
- Marx ensinou que nenhum sistema social desaparece da arena da história antes de esgotar suas potencialidades criativas. O Manifesto, por isso, censura violentamente o capitalismo por retardar o desenvolvimento das forças produtivas;
- a Comuna de Paris demonstrou que o proletariado não pode tomar o Poder à burguesia se não dispuser de um partido revolucionário para conduzi-lo;
- o desenvolvimento da tecnologia e a racionalização da indústria em grande escala, engendra desemprego crônico e obstaculiza a proletarização da pequena burguesia. Por outro lado, o desenvolvimento do Capitalismo tem acelerado o surgimento de uma legião de técnicos e administradores, que são a chamada nova classe média;
- mesmo sob as condições mais avançadas, nenhuma das classes burguesas é capaz de levar a revolução até o fim. A grande e média burguesias têm vínculos demasiadamente estreitos com os possuidores de terras e o temor às massas as imobiliza. A pequena burguesia apresenta-se demasiadamente dividida e em suas camadas dirigentes mostra-se dependente da grande burguesia;
- é bastante evidente que embora a questão do ”nacionalismo” se tenha convertido no mais daninho dos freios históricos nos países capitalistas adiantados, ainda permanece como um fator relativamente progressivo nos países atrasados que se vêem obrigados a lutar por uma existência independente;
- o Manifesto Comunista deve ser ampliado com os documentos mais importantes dos quatro primeiros Congressos da Internacional Comunista, a literatura bolchevique essencial e as decisões das Conferências da Quarta Internacional;
- já assinalamos que, segundo Marx, nenhuma ordem social desaparece de cena antes de esgotar suas potencialidades latentes. Entretanto, uma ordem social, ainda que antiquada, não cede seu lugar a uma nova ordem sem opor resistência. Uma mudança de regime social pressupõe a luta de classes em sua forma mais crua. Isto é, uma revolução;
- na atualidade – 1938 – a III Internacional leva a cabo em todos os países a tarefa de enganar os trabalhadores, muito mais rapidamente que a II Internacional. Ao massacrar a vanguarda do proletariado espanhol, os mercenários de Moscou não apenas abrem caminho ao fascismo, como também executam, ademais, uma boa parte de suas tarefas. A crise prolongada da revolução internacional.que se está convertendo cada vez mais em uma crise da cultura humana, reduz-se essencialmente à crise de sua direção revolucionária;
Como herdeira da grande tradição da qual o Manifesto Comunista constitui o escalão mais avançado, a IV Internacional está educando quadros novos para a solução de velhas tarefas. A teoria é a realidade generalizada. A urgência apaixonada por reconstruir a realidade social expressa-se em uma atitude honesta para com a teoria revolucionária.
O futuro nos pertence. Quando se festejar o centenário do Manifesto Comunista a IV Internacional se terá convertido na força revolucionária decisiva de nosso planeta.”
EXTRAÍDADEPUGGINA.ORG





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