VLADY OLIVER
Taí um número que eu sempre quis conhecer. O número de aspones que povoam a pétubrais, a maior petroleira já acumpanheirada pelo bando de vigaristas e exploradores mesmo é da boa fé de seus consumidores, os mesmos que pagam a gasolina mais cara do mundo e não chiam. Está estampado agora em toda a blogosfera. É o número de empregados da empresa na área de comunicação. Um número vergonhoso. Várias televisões brasileiras não ostentam em seus quadros funcionais tantos vigaristas juntos. O maior conglomerado de comunicação do Brasil deve ultrapassar em pouco os 4 mil empregados, para uma rápida comparação.
Para quem não entende a extensão e a abrangência dessa manipulação criminosa, eu explico. Morei em Vitória, a “capital da Vale”. Uma empresa séria, fazendo um trabalho serio. O montante destinado à “comunicação” na empresa assim mesmo era tamanho que ela acabava aparecendo em obras, eventos, publicações, feiras, mostras por toda a região, sendo de certa forma decisiva para as boas iniciativas culturais por lá demandadas. Dá pra imaginar o poder dessa penetração? Imagine agora uma empresa maior ainda e totalmente aparelhada por uma horda de bandoleiros e calhordas. O resultado é um petrolão.
Começa a ficar claro porque uma parte expressiva de nossa “intelequitualidade” se recusa a defender a decência por aqui, não é mesmo? Basta você ser um japonesinho pilantra, por exemplo, e defender a “vaca na janela” para amealhar meio milhãozinho fácil de nossa grana pública, enfiado em seu bolsinho pilantra por outra política devidamente envolvida até o narizinho falso na tramóia. Que a comunicação deste país tinha sido arrendada pela petralharia, disso eu nunca tive a menor dúvida. O que vem à tona agora é tão somente a extensão da picaretagem toda.
Quantos envolvidos, quantos militantes, quanta ideologia barata babada por essa gente hidrófoba, enquanto o empreendedorismo morre à míngua por aqui. Quanto comunista enrustido defende no ar a picaretagem comadre em que se meteram? Quantos blogueiros chapa-branca servem ao politburo da canalhada? É certo que o número do exército de pilantras que acumpanheiraram a petroleira disputa espaço no noticiário recente com políticos em restaurantes caros sendo devidamente “ovacionados” pelas vigarices que protagonizam. Tanto pior, para quem não entendeu o que está em andamento.
Me parece que o abrir dessa tampa lança um cheiro nauseabundo e insuportável para narizes que ainda guardam um resquício de decência em suas biografias. Como conviver com essa gente? Onde irão se infiltrar agora, hospedeiros de uma doença cretina que se alastra por todo o serviço público e incha o elefante de tal maneira que nenhuma iniciativa honesta pode sobreviver por aqui sem o pires, o chapéu e o beija-mão pusilânime que empurram estes atravessadores do livre pensar em nossa goela estuporada?
O que estes caras conseguiram é cacarejar um mantra. Com dinheiro público, fazem uma “nova estética” no país. A estética dos jecas, dos compadres, dos sabujos, dos encostados, dos pedintes, dos relativos, dos “politicamente corretos e de mais um monte de apaniguados beneficiários de um sistema que vai selecionando o que podemos dizer, o que podemos pensar, o que podemos criticar e o que devemos aplaudir. Para alguém que vive dessa área , como eu, saber que a “invasão de corpos” se deu com a concordância tácita e explícita de uma corja maior ainda – aque composta por aqueles que não reagiram ao estupro em andamento –, a sensação de nojo só é aplacada com aquela outra sensação gritante. A do “eu já sabia”.
extraídadoblogdeaugustonunesdiretoaopontoveja
0 comments:
Postar um comentário