VLADY OLIVER
É incrível a vontade de contemporizar com o crime, não é mesmo? Uma onda de esfaqueadores se multiplica nas areias superfaturadas da cidade, um dia maravilhosa, e tudo o que esses senhores não têm são respostas para a própria estupidez latente. Já sei. Devo estar incorrendo no crime de racismo, embora não tenha visto a cor da pele do “menino” que estripou o ciclista sem direito à defesa. Meus macacos não são negros; que fique bem claro. Eles têm a cor que vocês quiserem. Têm a cor de prefeitos, secretários de segurança, governadores e o que mais couber na pele desses cúmplices de um assassinato.
Enquanto olham para o nada e tentam defender o que não tem lógica ─ que dirá defesa ─, um cidadão de bem é enterrado diante da família devastada e impotente. É isso o que essa gente defende? Três meses de cadeia e direito a fuga para um bandido de tamanha periculosidade? Lembro que, quando foi lançado o impúbere Gremlins, de Steven Spielberg, alguém por aqui resolveu chiar que as mortes sugeridas no filme eram hediondas, pois se morria triturado por um liquidificador ou eletrocutado numa tomada doméstica.
O que semeiam as nobres “otoridades” deste rincão varonil é a morte a paneladas. Venho insistindo nesta tecla manca deste acorde dissonante. É a última fase do desprezo pelo ser humano. Começa na ponta da faca e termina no cabo da panela. Que Deus nos ajude a sair da lama imunda.
EXTRAÍDADEAUGUSTONUNESDIRETOAOPONTOVEJA
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