MIRANDA SÁ
A pirâmide é um bloco geométrico formado por segmentos de reta com a
extremidade em um ponto fixo, tendo por base um plano em forma de
quadrado. Quem não conhece através do estudo, do cinema e da TV, as
pirâmides do Egito?
Como monumentos, elas não se limitam ao Egito, que apresenta as mais
famosas. Elas estão por todos os continentes, à exceção da Oceania. A
enciclopédia nos fala de encontros nos países latino-americanos, no
Oriente Médio, no Sudeste e Sul da Ásia e interior da China.
Para impressionar mais ainda, essas estruturas foram descobertas, há
alguns anos, na região balcânica da Europa, mais precisamente na
Bósnia-Herzegóvina.
As pirâmides chegaram à Matemática pela Geometria, e daí enveredaram
pelos vetores gráficos da Estatística, onde a pirâmide infográfico é o
exemplo. Há também uma conhecida fraude conhecida como “pirâmide
financeira”, um esquema avançado do “conto-do-vigário”. Estourou nos EUA
na criação Bernard Madoff, que faturou bilhões de dólares enganando os
iludidos.
No Brasil, tivemos o rumoroso caso da “pirâmide financeira” conhecido
como “Boi Gordo” nos anos 90. Atraiu cerca de 30 mil investidores que
perderam cerca de R$ 3,9 bilhões. Entre nós, essa prática é enquadrada
como um crime contra a economia popular tipificado no inciso IX, art.
2º, da Lei 1.521/51.
No nosso País, pior do que o vigarismo das pirâmides financeiras é
modelo burocrático de administração pública. Adotou-se, na época de
Getúlio Vargas, a organização baseada no conceito de burocracia de Max
Weber, conhecido como modelo weberiano.
Numa ditadura até que funciona. Mascarando a ditadura
presidencialista adotou-se a “pirâmide achatada” inspirada pelo ministro
Luiz Carlos Bresser Pereira no governo de FHC. É um modelo gerencial
que ainda prevalece na administração pública.
Hoje, a pirâmide que pesa sobre os brasileiros é a pirâmide a
exploração do contribuinte. Nesta Era Petista, vê-se no seu ápice o
chefe do Executivo, representado pela Presidência da República com
gastos secretos extraordinários; abaixo, vêm os segmentos dos outros
poderes republicanos, Legislativo e Judiciário, escoando inauferíveis
riquezas.
Pouco abaixo, em plano inferior, a dependência do Executivo dos
ministros de Estado (no Brasil dos pelegos tem um número campeão, 39),
que além das vantagens pecuniárias pessoais, adentram em negociatas nas
estatais.
Descendo um pouco mais, temos os governadores. Estes se espelham na
Presidência, e com honrosas exceções, adotam os mesmos costumes
suspeitos. Neste nível, deputados estaduais e secretariado estadual
mamam sofregamente nas tetas governamentais. No andar de baixo, estão os
prefeitos…
Ah, os prefeitos! Com os seus vereadores, eles apresentam numerosos e
ruidosos casos de malversação do dinheiro público. Neste caso, parece
impossível estabelecer-se critérios para gastos fundamentais, imaginem
para as mil e uma trapaças e mamatas, que os enriquecem a olhos vistos.
No infográfico piramidal do PT-governo, temos três triângulos
equiláteros sobre um quadrado perfeito. É a estrutura de uma imundície
revoltante. Felizmente, há um exemplo histórico monumental que
solidifica nossa esperança: Vem do antigo Egito, com a antiquíssima
pirâmide de Saqqara, o complexo de pedra mais antigo construído por
humanos.
Saqqara vem se degradando há 4600 anos, e, segundo o arqueólogo Peter
James, ela “pode cair a qualquer momento”; se essa estrutura chega ao
fim, porque não acreditar que a aviltante bandalheira lulo-petista
também não se arruíne?
A cidadania enriquecida de copiosa informação sobre as ações
corruptas do PT-governo, vai conquistando as ruas para derrubá-lo como
os alemães fizeram com o Muro de Berlim. Esta resistência dos
brasileiros conscientes, acima dos partidos, religiões e concepções
filosóficas, destruirá o monumento petista da corrupção, como o Senhor
do Tempo vai extinguindo os monumentos antigos…
EXTRAÍDADATRIBUNADAIMPRENSA
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