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O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta 5ª feira (16.abr.2020) que quem disser que sabe quando será o pico da pandemia no Brasil “está mentindo”. A declaração foi feita em entrevista por telefone ao jornalista José Luiz Datena, da TV Bandeirantes. Segundo Teich, é preciso acompanhar a evolução da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, para se ter domínio e conhecimento da situação.
O ministro disse que não tem críticas a fazer com relação à gestão de Luiz Henrique Mandetta, demitido do cargo nesta 5ª feira (16.abr), mas pontuou ser essencial 1 alinhamento com o presidente da República, Jair Bolsonaro. “Não existe crítica ao que estava sendo feito, vamos dar sequência e agregar.”
“O alinhamento é fundamental. É impossível ter 1 time que não seja alinhado. Isso serve para qualquer coisa, governo, time, nos outros ministérios. É fundamental para as pessoas trabalharem juntas de forma eficiente”, afirmou. “Tudo que é fragmentado é ineficaz.”
Na entrevista, Teich disse que o conceito de isolamento social é amplo e pode ser entendido de várias formas. Para ele, é necessário entender qual é a melhor forma de prevenção antes de impor isso para a sociedade. “Qual é a forma mais inteligente de diminuir o contágio entre as pessoas? Quanto temos que estar distantes? Quanto de isolamento? É importante entender a tangibilidade da doença e aí denir uma política com base em dados mais concretos.”
O ministro afirmou, ainda, que, se o isolamento perdurar por muito tempo, as pessoas terão a necessidade de se locomover e interagir. “Como você impede isso? Então o ideal é que tudo seja feito de forma estratégica, baseado em uma forma que você entenda as consequências.”
Questionado sobre as dificuldades econômicas que o Brasil pode enfrentar com as medidas de isolamento social, Teich disse que é preciso avaliar cada região. “Não dá para generalizar. Opiniões superficiais são levianas e levam a interpretações. Quando você não sabe as consequências do que fazer, se faz isolamento ou se sai dele, você está navegando ás cegas. O que temos que fazer é rever o que temos de informações no ministério, de 1 Brasil de 27 países, praticamente, muito diversos. Os problemas do Brasil você não trata na média, são realidades diferentes.”
ESTADOS E MUNICÍPIOS
Sem entrar no mérito das ações de Estados e municípios no combate à covid-19, o novo ministro da Saúde disse que qualquer ação do governo com as unidades federativas será para melhorar as condições de saúde e acelerar a luta contra o vírus. “Cada lugar tem 1 tipo de problema diferente. A única coisa que precisamos ter é espírito de cooperação, sempre chegar para somar e ajudar. Ouvir as pessoas, entender as realidades e tomar as decisões”, disse na entrevista à Band.
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