Jornalista Andrade Junior

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Deputado bolsonarista diz que pandemia é “cortina de fumaça” e que STF é “comunista”

Patrik Camporez
Estadão

No dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um inquérito para apurar a organização de manifestações antidemocráticas do último domingo, o deputado  federal bolsonarista (PSL-RJ) convocou um protesto em defesa do presidente Jair Bolsonaro e disse que o Supremo é “comunista”.
“Meu pensamento é o seguinte: saiam de suas casas… Se vier Augusto Aras, Ministério Público, STF… ‘Ah, eu vou investigar os deputados que estão chamando as pessoas para as ruas…’ A pandemia é uma cortina de fumaça”, disse, em frente ao Congresso Nacional, onde participou de um ato religioso em defesa do presidente Jair Bolsonaro.
“COMUNISTA” – “Tem muitos ali (aponta para o  Congresso atrás dele) que têm rabo preso com o STF, que é comunista, que não esperava que o presidente assumisse a presidência”. O deputado foi procurado pela reportagem, mas não se manifestou.  
O parlamentar disse ter saído do Rio de Janeiro, sua base eleitoral, às 15 horas de segunda-feira. Segundo ele, viajou de carro por 15 horas até Brasília para participar do ato religioso. Na live transmitida aos seguidores, em que aparecem pessoas rezando em pé e de joelhos, o deputado defende a teoria de conspiração do Congresso contra Bolsonaro.
SOLITÁRIO – “O Brasil, evidentemente, pela corrupção, que vilipendia o povo todo os anos, aproveitou para fazer essa cortina de fumaça aqui no Congresso para acabar com o presidente. Então meu pensamento é: apoie o presidente. Ele precisa de você. Aquele cara que você apoiou nas eleições, que fazia arminha, é o mesmo cara, mas agora ele está um pouco sozinho”, afirmou.  

No último domingo, o presidente Jair Bolsonaro participou de protesto em Brasília, marcado por faixas e palavras de ordem contra o Congresso e a favor de uma intervenção militar. Nesta terça, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu atender ao pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, e abriu um inquérito para apurar “fatos em tese delituosos” envolvendo a organização de atos antidemocráticos.














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