Jornalista Andrade Junior

sábado, 25 de abril de 2020

A ECONOMIA CUBANA (E O CASTRISMO) EM CRISE TERMINAL

por Jorge Hernández Fonseca.

A afirmação implícita no título deste trabalho baseia-se em vários aspectos que se combinam para dar à crise econômica cubana um caráter diferente e muito superior a qualquer outro cenário anterior. Há quatro pontos a considerar neste terminal de crise.

Primeiro, o "fidelismo" que a ditadura cubana abraça é uma ideologia que, no aspecto econômico, o que ensinou é a depender de outro país. Enquanto Fidel Castro governava, Cuba sempre dependia de terceiros; primeiro da antiga União Soviética e depois da Chavista Venezuela, até hoje. Por esse motivo, buscar o "fidelismo" uma solução econômica quando a Venezuela se libertar de seus opressores castristas, será muito difícil ou, na minha opinião, quase impossível.
Segundo, a ideologia de base, por trás do fidelismo - o marxismo - ensina como nacionalizar a economia e como manter o povo oprimido para que o capitalismo libertador não retorne. No entanto, o marxismo não escreveu uma única linha sobre como produzir bens e serviços; portanto, a única solução econômica para progredir é retornar ao antigo (e bom) capitalismo.
Terceiro, as sanções que Donald Trump impôs à ditadura de Castro por suas ações opressivas na Venezuela “madurista”, reduziram consideravelmente a entrada de dólares na economia cubana, que manteve o país em um estado de subsistência mínima e terminou.
Quarto - como ponto culminante do desastre – manifesta-se a pandemia de Coronavírus, com a qual o castrismo iniciou uma propaganda para o turismo "de saúde" estrangeiro, superando a epidemia, mas que finalmente teve que respeitar a quarentena forçada, fechando os centros turísticos e de trabalho, tornando-se uma espécie de xeque-mate do "jogo" da ditadura de Castro contra Cuba.
Se a esse panorama econômico negro, acrescentamos a fraqueza da divisão produzida na alta hierarquia de Castrona sucessão geracional – como demonstrado pela estranha liberação de dois opositores do calibre de José Daniel Ferrer e Luis Manuel Otero Alcántara devido a pressões estrangeiras – estamos realmente diante de uma situação nunca antes vista na ilha que, além disso, carece de Fidel Castro e sua motivação a todo custo em crises anteriores.
Tudo acima mostra o esgotamento do modelo opressivo, que no aspecto econômico não tem outra alternativa para o capitalismo na economia, se os novos governantes cubanos querem manter o poder e se os próximos movimentos dos EUA contra o Chavista Venezuela continuarão. Eles deixam espaço para manobras políticas para continuar oprimindo o povo cubano.
Desnecessário dizer que é precisamente agora o momento do ponto mais fraco do castrismo nos mais de sessenta anos de opressão. Qualquer centelha poderia explodir a ditadura que nos oprime. A palavra é para dignos cubanos dentro e fora da ilha.








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