CARLOS HEITOR CONY FOLHA DE SP
RIO DE JANEIRO - É uma
das histórias mais conhecidas do folclore universal, foi até filmada por
Walt Disney, com Mickey Mouse no papel principal. Cansado de limpar a
casa, apelou para um feiticeiro, que lhe providenciou uma vassoura
mágica que arrumava tudo. Lamentavelmente, ele esqueceu a fórmula mágica
que fazia a vassoura parar de trabalhar. Resultado: a vassoura não
apenas limpou a casa, mas a destruiu, levando em seus destroços o
aprendiz de feiticeiro.
A história não é tão fantástica assim: o
caso de Lula é uma versão amplificada do mesmo drama. Achando que o país
estava desarrumado e sujo, invocou o feiticeiro, que lhe deu a vassoura
mágica para arrumar o Brasil. Teve inicial sucesso, mas não aprendeu a
dominar a vassoura, criando um partido (PT) e seus derivados, como a
CUT, a militância das ruas e outros apetrechos que julgava mágicos.
Sem
saber ou sem querer imobilizar a vassoura que criou, está vendo agora a
feitiçaria fazer os estragos que estamos sofrendo, com a corrupção
desvairada e um Brasil mais sujo do que antes.
Ele próprio, não
sabendo como deter a feitiçaria, está ameaçado de ser varrido, dividindo
a prisão com os aprendizes mais importantes que o ajudaram. Não lhe
adianta acusar as elites, o imperialismo e os golpes que alega estar
sofrendo.
Na sua primeira investida rumo ao poder, era um líder
respeitável e pobre. Levado pelo seu primeiro secretário de imprensa, o
elegante Ricardo Kotscho, cheguei a comprar uma camisa do PT para ajudar
a sua eleição. Apesar da minha modesta contribuição, ele não se elegeu
(votei em Brizola) e deixou de vender camisas, inaugurando uma corrupção
que não soube parar e que agora o atinge pessoalmente. A pobre e
solitária camisa, que lhe comprei e nunca vesti, não pode concorrer com o
mensalão, o petrolão e a Lava Jato.
domingo, 18 de setembro de 2016
Lula perdeu o controle -
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