Wagner Pires
O círculo econômico recessivo em que entramos, com dominância fiscal, é vicioso. O governo tem de cortar esse círculo com o ajuste fiscal. Não tem outro jeito. Não há concessão de crédito que dê jeito nisso. Não há como expandir o crédito por conta do endividamento do setor privado (famílias e empresas). Para recuperar o poder de demanda da economia, o governo terá de adotar lá na frente nova política de rendas para retomar o aumento da massa salarial, que proporcionará, também, aumento de lucratividade das empresas, pelo ganho de volume na demanda.
Mas esta meta – a retomada de uma política de rendas progressiva – é uma quarta fase do processo de recuperação econômica do país. Primeiro o ajuste fiscal, depois o domínio da inflação, seguido da diminuição da taxa básica de juros. Depois a retomada progressiva do investimento e da política de rendas, fazendo aumentar a demanda interna.
Não dá para saltar de um estágio para o outro. O primeiro é, necessariamente, o ajuste fiscal. E ponto final. Se Dilma, o PT e o pessoal da CUT ainda não entenderam isso, vão quebrar ainda mais a cara, levando o país de roldão no aprofundamento da crise econômica.
EXTRAÍDADETRIBUNADAINTERNET
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