Carlos Newton
Mais um fim de semana atordoante e desesperador não somente para a presidente Dilma Rousseff, como também para seu antecessor Lula da Silva. As notícias veiculadas pelas revistas de opinião e pelos jornais foram devastadoras, demonstrando que as investigações da força-tarefa da Operação Lava Jato ainda têm muito a revelar, conforme já afirmou o ministro-relator dos processos no Supremo, Teori Zavascki, ao dizer que o pior ainda está para vir.
No caso de Dilma Rousseff, o Estadão publicou que a campanha de Dilma em 2010 realmente foi abastecida com propinas do esquema da Petrobras, pois o lobista Milton Pascowitch confessou ter entregue sucessivos subornos em “uma malinha de rodinhas” ao tesoureiro João Vaccari no próprio Diretório Nacional do PT, em São Paulo. O dinheiro, relatou, saiu do total de R$ 14 milhões de “comissão ao grupo político” sobre um contrato de US$ 3 bilhões de “cascos replicantes” (unidades de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás) da Engevix na Petrobrás.
Ou seja, confirma-se que Dilma Rousseff foi beneficiada diretamente pela corrupção, ao ser eleita a primeira vez. Já não existe como negar essa realidade. E a presidente foi atingida também pela denúncia do blog Antagonista, de que Anderson Dorneles, assessor pessoal tratado como filho por Dilma, está estrategicamente deixando o governo antes que surjam detalhes da relação dele com a Andrade Gutierrez — cujo presidente, Otavio Azevedo, negocia delação premiada. O assessor de Dilma é sócio do bar do Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, reformado pela empreiteira.
Outra pancada forte em Dilma foi a entrevista do procurador Santos Lima, da Lava Jato, a O Globo, denunciando como o governo tenta proteger abertamente os empresários corruptos, mediante a MP da Leniência e a Lei de Repatriação.
LULA NA MIRA
O ex-presidente Lula também está passando por maus bocados, como se dizia antigamente. A revista Veja anunciou que o Ministério Público de São Paulo já decidiu denunciá-lo por ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro, por causa do tríplex em Guarujá, que Lula agora diz não ser dele. Deve servir de prova também o luxuoso sítio em Atibaia está no nome de Fernando Bittar, sócio do filho mais velho de Lula. Lá estão armazenadas num enorme galpão refrigerado as milhares de garrafas de bebidas que o companheiro ganhou quando esteve na Presidência.
E a Época deu o golpe mortal, ao divulgar que analistas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, mais conhecido pela sigla Coaf, concluíram um relatório que aponta espantosas as transações bancárias com irregularidades, envolvendo, entre outros, os quatro principais chefes petistas sob investigação da PF, do Ministério Público e do Congresso: Lula, Antonio Palocci, Erenice Guerra e Fernando Pimentel.
O relatório é nitroglicerina pura e vai fazer a festa da força-tarefa da Lava Jato, que já não vê a hora de incriminar esses quatro pilantras, entre os quais a primeira-amiga da presidente Dilma Rousseff, que pateticamente ainda tenta posar como “Soninha Toda Pura”, mas quem se relaciona com Erenice imediatamente fica enlameado.
E Lula, o Honestino da Silva, ainda tem a audácia de dizer que vai processar jornalistas. Coitado do Dr. Nilo Batista, que aceitou defender de graça este degenerado.
extraídadetribunadainternet
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