MIRANDA SÁ
“Ajuntar tesouros com língua falsa é uma vaidade fugitiva; aqueles que os buscam, buscam a morte.” (Provérbios 21:6)
Está
na formação e no caráter das pessoas a escolha entre ser honesto, não
mentir, roubar, enganar ou trapacear, ou então escolher o lado oposto,
ser desonesto, mentiroso, ímprobo, iníquo, desleal.
Ser
honesto significa adotar um comportamento de respeito aos bens alheios,
principalmente quando se trata do patrimônio público. Agindo dessa
maneira, não precisa de jeito algum alardear honestidade.
Vem
de longe, do século XVIII a.C, leis compiladas no famoso Código de
Hamurabi trazendo punições para a desonestidade. Também os ensinamentos
de Buda trazem condenações para os desonestos, explicitando que “mentir
para se justificar e se proteger não é ‘ser honesto’.
A
tradição religiosa judaico-cristã também combate o desonesto. No Novo
Testamento, o evangelista Lucas, ensina a virtude através de contos
populares, como o “Filho Pródigo” e o “Bom samaritano”, explicitando:
“Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é
desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes.”
Apesar
dessas lições, escarnecendo do povo que acompanha a sua trajetória
política e pessoal, o fanfarrão Lula da Silva num café da manhã com
blogueiros partidários apossou-se do monopólio da honestidade dizendo
“Não tem uma viva alma mais honesta do que eu”.
A
imprensa divulgou que esta bazófia arrancou gargalhada da platéia. E
não foi por acaso: com a frase encerra duas grandes mentiras. Mostrou
desonestidade usando auditório de mercenários pagos com dinheiro público
e falou de “alma viva” sabendo-se que as almas são dos mortos…
Para
Lula, não custa dinheiro do seu bolso nem esforço nenhum vangloriar-se
diante de comparsas que mamam nas tetas do Erário ou comem os restos do
banquete das propinas. Felizmente fica impossível que a sua fala fique
presa intramuros, e o povo brasileiro tomando conhecimento delas fica
indignado.
O
sentimento de repulsa é ter a noção, quase certeza, da trajetória
corrupta, do ex-presidente desde a vida sindical. Poucos, de sã
consciência, desconhecem o trabalho anticorrupção da Operação Lava Jato,
executada pela Polícia Federal, Ministério Público e o juiz Sérgio
Moro.
Não
bastassem as investigações que envolvem o Pelegão, bastam as suas
companhias por si só para envolvê-lo nas teias da corrupção na
Petrobras, empresas estatais e fundos de pensão. Seus parceiros,
hierarcas do PT estão presos ou sob buscas policiais e jurídicas; e
quanto aos aliados, basta citar alguns nomes como Renan Calheiros, Jáder
Barbalho, Collor, Gedel Vieira, Sarney, Lobão e Maluf…
Na
verdade, o nome de Lula ainda não apareceu como deveria, pois é
suspeito de ser o mentor e chefe da organização criminosa que assaltou o
Brasil; mas já é alvo de várias delações de réus envolvidos em
criminosas transações com seus companheiros José Dirceu, ex-ministro
chefe da Casa Civil, e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.
Sagaz,
com doutorado na escola dos pelegos sindicais, Lula sabe que é muito
mais fácil corromper do que persuadir; mas não tendo estudo não aprendeu
com Sócrates que “Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto,
ele seria honesto ao menos por desonestidade”.
EXTRAÍDADETRIBUNADAIMPRENSA
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