Carlos Chagas
Quantas vezes o Lula sugeriu a Dilma e disse que ele mesmo também iniciaria monumental vilegiatura pelos Estados, na reafirmação de sua liderança e de seu partido? A mesma coisa com os demais, de Aécio em diante. Não se passa um dia sem que um deles divulgue o início de ampla temporada de viagens para conquistar o eleitorado e caminhar para a vitória.
Só que nenhum deu a partida. A presidente inaugura algumas obras mas está longe de sacudir a nação, como prometeu em sucessivas entrevistas. Prefere o isolamento de seus palácios, certamente para prevenir-se de vaias e panelaços. Seu antecessor proclama a sempre adiada marcha para a popularidade, dele e do PT. Só que quando se dispõe a comunicar-se, prefere auditórios restritos e selecionados. Nenhum dos outros citados faz diferente, menos pelo tempo que ainda falta para as eleições presidenciais, mais pelo temor da rejeição antecipada.
EXPRIMEM O VAZIO
A verdade é que a opinião pública, tanto quanto a opinião publicada, desconhecem as supostas lideranças políticas nacionais. Estas não lhes dizem nada, deixam de despertar curiosidade, quanto mais entusiasmo. Dá no mesmo se imaginam representar governo ou oposição, pois no máximo exprimem o vazio, para omitir rejeição.
Sendo assim, melhor apregoar as caravanas invisíveis do que arriscar-se a frustrações. Como as crises econômica e política tendem a aumentar, multiplicando o desemprego, os impostos e o custo de vida, com a inflação ao lado, o mínimo a esperar é que se encolham cada vez mais os que tem obrigação de mostrar-se.
EXTRAÍDADETRIBUNADAINTERNET
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