LUIZ FELIPE PONDÉ FOLHA DE SP
Quem disser
que não existe pregação política socialista ou afins nas escolas e nas
universidades mente ou é, simplesmente, desinformado. Chega-se ao cúmulo
do ridículo quando se nega isso em público. Só se repete essa mentira
em público porque a maior parte da audiência –feita de professores,
alunos e gente "do ramo"– concorda com a pregação petista.
Já
disse isso aqui, mas, como num mundo ruidoso como o nosso sempre
precisamos repetir o óbvio, vamos lá: quase todo professor de humanas
prega descaradamente em sala de aula a cartilha marxista, requentada ou
não. E, assim, formará outros professores, artistas, cineastas,
profissionais de TV e rádio, publicitários, advogados, jornalistas,
enfim, um monte de gente que será massa de manobra de partidos como o PT
e PSOL.
Entretanto, não sou a favor de uma lei que crie espaço
para ainda mais censura na sala de aula. Por outro lado, se pais,
professores menos alienados na cartilha marxista e alunos menos
manipulados por essa cartilha não botarem a boca no trombone,
continuaremos a ter a reprodução infinita de esquemas de "bullying"
intelectual e institucional contra professores e alunos que se
distanciarem desse quadro de "comissários petistas do povo".
Nesta
semana recebi de uma leitora uma foto de uma lousa numa sala de aula de
uma dessas escolas caras da zona oeste de São Paulo, que prima por ser a
mais rica da cidade e com mais gente 'mimimi', na qual o professor ou
professora pedia um trabalho cujo tema era "Fora Temer, golpista" (sei
qual é a escola, mas não vou dar o nome dela aqui para poupá-la da saia
justa).
A foto foi tirada por uma aluna, como é de hábito hoje em
dia fazer quando o professor escreve algo na lousa, em vez de copiar no
caderno. A intenção da atividade didática era levar os alunos a
pesquisar e refletir sobre o "golpe" e as formas de enfrentamento dele.
"Et
voilà", diriam os franceses quando mostram algo óbvio. Poderíamos
acrescentar que, na pós-graduação, professores dedicam parte de suas
aulas para falar mal de vídeos e textos de colegas que criticam seu
"ópio" mais amado: o caminho da roça conhecido como crença marxista.
Mas,
como toda gente militante acaba por ficar meio "tosca", ao fazer isso
eles provam a tese de quem os acusa de pregar o "ópio do intelectuais"
em sala de aula.
Sobre isso, aliás, indicaria o grande clássico
recém lançado no Brasil pelo selo Três Estrelas, "O Ópio dos
Intelectuais" do filósofo e sociólogo francês Raymond Aron (1905 -
1983). O livro foi lançado nos anos 1950 e de lá para cá nada mudou: os
intelectuais e associados continuam a viver dos mesmos mitos políticos
do socialismo.
E nada vai mudar se você não se mexer (claro, se
você não for um dos integrantes da seita retrógrada): seus filhos serão
petistas e dirão que, sim, "podemos roubar e calar a boca dos outros, em
nome da revolução". A ideia de uma lei contra a escola com partido não
vai adiantar nada, vai apenas criar condições para os "pastores do ópio
dos intelectuais" continuarem sua pregação, com a cara mais lavada do
planeta. Usarão de recursos retóricos do tipo "queremos apenas formar
alunos críticos", ou a "direita quer censurar o pensamento na sala de
aula". Risadas? Esse papinho só cola para os ouvidos mal informados.
Já
existe censura na sala de aula. Recebo continuamente e-mails de
professores e alunos em papos de aranha porque não rezam na cartilha dos
"pastores do ópio dos intelectuais".
Em escolas como a daquela
lousa petista, mesmo se os alunos quiserem convidar os professores ou
intelectuais que não rezam na cartilha do "ópio dos intelectuais", terão
sua iniciativa negada.
Isso acontece da forma mais descarada que
você pode imaginar. Portanto, não acredite quando ouvir muitos desses
intelectuais ou professores (não são todos, mas, sim, são a maioria)
dizerem que são a favor do "diálogo" ou do "debate". É uma piada. Não
existe diálogo ou debate na universidade ou na escola. É mais fácil você
achar diálogo e debate numa igreja evangélica. Juro por Deus! Aleluia,
irmãos!
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Quem diz que não existe pregação socialista nas escolas mente ou é desinformado -
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