MIRANDA SÁ
“Na alegria ou na dor/ Mariana para sempre meu amor”
(Seu Jorge compôs e canta)
Abatido
e revoltado com a brutal agressão do Estado Islâmico contra a República
Francesa, reverencio seu respeitável símbolo, Marianne, figuração de
mulher com o barrete frígio que personifica o liberalismo e valoriza a
conquista da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Marianne,
a mãe pátria dos franceses sofre com o ataque terrorista que ceifou 129
vidas e deixou feridas 350 pessoas, das quais 99 em estado grave. O
banditismo horrorizou o mundo, promovendo atos de solidariedade e
repúdio em centenas de países.
Tristemente,
no Brasil, cuja política exterior se alinha ideologicamente com
ditaduras africanas e latino-americanas e o uso sistemático do terror
por guerrilheiros e pelo fanatismo islâmico, o PT-governo fez unicamente
acenos hipócritas de apoio à França.
Isto
reflete o que vimos, não faz muito tempo, a amostra de presidente,
Dilma Rousseff, discursar na Onu propondo o diálogo com o Estado
Islâmico repudiado pela maioria das nações livres.
O
apego ao poder pelo poder do lulo-petismo também ficou demonstrado com a
nossa Mariana, a cidade mineira devastada pelo mar de lama provocado
pelo rompimento das barragens Fundão e Santarém, da mineradora Samarco.
Marianne
e Mariana são gêmeas univitelinas na tragédia. Seu sofrimento é o
sofrimento de todos humanistas. Mortos, feridos e desaparecidos reclamam
a indignação dos corações e mentes constrangidos pela
irresponsabilidade dos mandatários; uns, por tolerar a existência de um
bando de criminosos; outros, pela incompetência de gerir a coisa
pública.
Sabemos
que pela cobiça do petróleo no Oriente Médio, a aliança dos Estados
Unidos com países europeus, manteve e fortaleceu o Califado, mais
preocupada em derrubar o governo sírio, deixando o preço a pagar para as
populações civis indefesas.
Aqui,
a ocorrência funesta em Mariana é fruto da irresponsabilidade dos
governantes que se conformam em manter 14 fiscais para verificar a
segurança de 750 barragens nas Minas Gerais; e, além desse visível
desleixo, não tem um plano de alerta e proteção para as comunidades
vizinhas ao represamento dos rejeitos de minério de ferro.
Na
França, Marianne enlutada chora seus mortos; no Brasil, Mariana vive um
sofrimento proporcionalmente idêntico, com oito mortos e mais de 500
pessoas desabrigadas e outras tantas por resgatar.
Temos
uma dívida intransferível para as gêmeas na dor, Marianne e Mariana. A
francesa, no seu país, padece sob o fanatismo desesperado do terrorismo
islâmico; no Brasil, a nossa Mariana é vítima do terrorismo da
incompetência, irresponsabilidade e roubalheira do lulo-petismo.
Para as duas Marianas, com sotaque ou sem sotaque, dedico a alegoria do Seu Jorge, “na alegria ou na dor, para sempre o meu amor
extraídadatribunadaimprensa
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