Jacornélio M. Gonzaga
Era uma vez um homem que tinha um leão. Comprou-o recém nascido, para criá-lo em sua casa.
A
casa do homem era grande e bonita, construída em um enorme terreno onde
o homem tinha flores e frutos e os cuidava e guardava com muito
orgulho e carinho.
O
leão, quando grande, pela presença, deveria dissuadir os invejosos de
suas inconfessáveis ambições sobre sua rica propriedade.
O
tempo foi passando, e o leão, tratado com carinho e bem alimentado,
cresceu bonito e forte, impressionando a todos pelo tamanho e pela
obediência ao homem, era realmente muito disciplinado.
Com
o passar dos anos, o homem achou que havia nas redondezas um temor
exagerado de seu leão, além do que ele julgava necessário. Até seus
vizinhos evitavam passar por perto dos muros da casa, com medo do leão.
Embora ele afirmasse que o leão era manso, todos o temiam. Havia gente que perdia o sono ao ouvir um simples rugido do leão.
O
homem, preocupado com o temor dos vizinhos, valendo-se da disciplina e
da obediência do leão, condicionou-o a fazer e manter o silêncio! O
leão, submisso, parou de rugir, apenas ronronava, era a única
manifestação de seu instinto que a autoridade do dono lhe permitia!
O silêncio do leão tranqüilizou as redondezas e convenceu a todos de que o leão era realmente manso.
Passado
algum tempo, o homem acordou pela manhã e deparou-se com pichações nos
muros de sua preciosa casa, devastação no jardim e no pomar, flores e
frutos roubados, e constatou, horrorizado, que a presença do leão não
intimidava mais os invejosos, eles haviam constatado que o leão era
inofensivo, guardavam-lhe a admiração pelo porte e pela obediência mas
não mais o respeitavam, pois era inofensivo, sequer rugia!
Moral
da história: "O leão pode ser disciplinado e obediente, mas não
inofensivo, precisa, pelo menos, rugir de quando em vez para se fazer
respeitado"
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