por Márcio de Carvalho Damin.
Existe algum tipo de ‘’desigualdade’’ em reparar que as mulheres são muito superiores aos homens na prática de tarefas múltiplas realizadas simultaneamente? Uma mulher é capaz de resolver problemas do trabalho, tirar a temperatura do filho que parece estar febril, aconselhar a amiga que está com problemas conjugais e ainda assistir algo na televisão!
Os homens, por sua vez, são fisicamente mais fortes que as mulheres, mais aptos a trabalhos braçais e que demandam força bruta para serem exercidos. O que há de tão escandaloso em constatar tal realidade?
Frequentemente escuto jovens perpetuarem a falácia de que antigamente o casamento era uma imposição social, que subjugava a liberdade feminina de poder ser e fazer o que ela bem entendesse. Alguém sabe informar por que os casamentos de antigamente produziram casais que permaneceram fiéis até que a morte os separasse e hoje em dia mais de cinquenta por cento dos casamentos terminam nos primeiros doze anos?
É inconcusso que a ideia principal que se perdeu foi a da busca do verdadeiro amor. A tal liberdade apregoada, tanto para homens quanto para mulheres, gerou apenas a proliferação de doenças venéreas e uma geração que aparentemente só se dará conta tardiamente que a cumplicidade, o companheirismo, o romantismo, o respeito mútuo entre homens e mulheres são ideais corretos que se perderam nessa onda de desatinos modernos propalados por novelas, revistas, filmes, e todos outros meios possíveis que visam minar a relação sadia entre os sexos e, no fim das contas, o cerne da sociedade que é a família.
Uma fervorosa feminista em entrevista recente a um canal de televisão afirmou que ‘’ qualquer mulher pode usar a roupa que quiser no local que bem entender’’. Pode uma insanidade destas visar algum benefício para as mulheres? Algum homem mesmo que portando um revolver calibre trinta e oito atravessaria um parque de uma grande cidade brasileira às cinco horas da manhã, simplesmente por que tem o direito de fazê-lo? A que ponto chega a cegueira humana perante o mundo perigoso que existe aí fora?
O dia da mulher é hoje, amanhã, e todos os outros dias do ano. O dia do homem é hoje, amanhã, e todos os outros dias do ano. Se a ideia de que homens e mulheres são ferrenhos competidores e inimigos não for relegada ao esquecimento em prol de uma cultura da busca do companheirismo e do entendimento, o futuro que se apresenta nos revelará sequelas irremediáveis ao sentimento máximo que pode ser almejado por qualquer ser humano: o amor!
* Músico e poeta.
EXTRAÍDADEPUGGINA.ORG
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