por Pedro Tobias O Globo
Os equipamentos e a tecnologia que em 2014 e 2015 ajudaram o estado de
São Paulo a superar a mais grave seca na Região Sudeste em 80 anos agora
estão ajudando populações de Pernambuco e da Paraíba a receber água
vital. Mas o PT não gosta nada disso, como demonstrou em artigo
publicado no GLOBO (“A estrela do Rubicão”) domingo passado o senador
pernambucano Humberto Costa. O líder petista fala como coronel e dono.
Tipicamente, gosta da pobreza e não dos pobres, porque dela espera tirar
dividendos políticos.
São Paulo é o mais nordestino dos estados brasileiros, um lugar onde
milhões de filhos do Nordeste e seus filhos, netos e bisnetos vivem,
trabalham, estudam e contribuem decisivamente para o desenvolvimento
local e brasileiro. A falácia de que o governador Geraldo Alckmin foi o
responsável pela crise hídrica foi inventada e repetida pelo PT para
tentar vencer a eleição de 2014 em São Paulo. Naquele pleito, disputado
enquanto o governo paulista fazia diligentemente as obras emergenciais
que solucionaram o problema, Geraldo Alckmin venceu no primeiro turno, e
o candidato petista amargou o terceiro lugar. Um dos emblemas do modo
petista de governar, entre tantos, já era a incompetência demonstrada
nas obras de transposição do Rio São Francisco.
Já em São Paulo, em pouco menos de três anos, foram entregues à
população — além das obras de captação de duas reservas técnicas do
sistema Cantareira com os equipamentos hoje emprestados ao Nordeste — 25
novos reservatórios, a nova adutora Rio Grande-Diadema, o sistema de
captação de água em mais dois rios, o Guaió e o Guaratuba, a ligação
entre os sistemas Rio Grande-Alto Tietê e a ampliação de duas estações
de tratamento de água com membranas.
Neste ano ainda serão entregues o sistema produtor São Lourenço (um
sistema completo, como o Cantareira e o Alto Tietê, com reservação,
captação, tratamento e distribuição) e a ligação entre os reservatórios
Jaguari e Atibainha; no ano que vem, as obras de captação de água no Rio
Itapanhaú. Ao todo, é um investimento de R$ 3,5 bilhões, que garante
mais 22 mil litros de água por segundo para a Região Metropolitana de
São Paulo — quase um terço a mais do que havia antes da crise, um volume
suficiente para abastecer 7,7 milhões de pessoas, mais que o dobro da
população do Distrito Federal. Esse conjunto de obras traz segurança
hídrica para São Paulo enfrentar e eventos climáticos ainda mais agudos
do que o de 2014-15.
O Rubicão do PT foi bem outro: como disse Brutus de Júlio César, os
governantes abusam do poder quando perdem o sentido da compaixão.
Pedro Tobias é deputado estadual e presidente estadual do PSDB-SP
extraídaderota2014blogspot
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