Por Marcela Mattos e Laryssa Borges, na VEJA.com:
Delator do maior propinoduto da história brasileira, Paulo Roberto Costa afirmou nesta terça-feira na sessão da CPI mista da Petrobras que a Casa Civil da Presidência da República, então chefiada por Dilma Rousseff, encomendou a ele o envio do e-mail no qual informava que o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendava a paralisação de obras da diretoria de Abastecimento por ter flagrado irregularidades em contratos. O envio da mensagem foirevelado por VEJA na edição de 26 de novembro.
Delator do maior propinoduto da história brasileira, Paulo Roberto Costa afirmou nesta terça-feira na sessão da CPI mista da Petrobras que a Casa Civil da Presidência da República, então chefiada por Dilma Rousseff, encomendou a ele o envio do e-mail no qual informava que o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendava a paralisação de obras da diretoria de Abastecimento por ter flagrado irregularidades em contratos. O envio da mensagem foirevelado por VEJA na edição de 26 de novembro.
Paulo
Roberto Costa disse que, na época, o então presidente da estatal, José
Sérgio Gabrielli, estava ciente da comunicação e que, portanto, ele não
teria desrespeitado a hierarquia da empresa – ele era diretor de
Abastecimento e o e-mail foi enviado diretamente para a Casa Civil em 29
de setembro de 2009.
“Quando
foi passado, esse e-mail era de conhecimento do presidente da Petrobras e
foi pedido pela Casa Civil para que eu o mandasse para a presidente
Dilma. Não houve atropelo de hierarquia”, afirmou Paulo Roberto Costa.
O
ex-diretor da Petrobras disse ainda que, na época, “estava enojado” com o
processo de sangria da estatal e que, portanto, deseja alertar o
governo dos problemas e não conseguir apoio político para a manutenção
do propinoduto. A afirmação foi uma resposta a trechos da reportagem de
VEJA, segundo os quais Costa estaria empenhado em impedir que o esquema
corrupto que gerenciava fosse desmontado.
Em outras
palavras, ele atribui ao governo o interesse em manter o petrolão
ativo. “Às vezes você entra em um processo e não tem como sair. Mas eu
saí. Saí em 2012, mas o processo continuava.”
Outro
momento forte do depoimento foi quando Costa desmentiu a presidente da
República sobre sua saída da empresa. Durante a campanha, Dilma martelou
que foi ela quem demitiu o ex-diretor. No entanto, sua versão é
que deixou a estatal em 2012 a pedido.
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