Dyelle Menezes e Thaís Betat - Contas Abertas
Seis dos 12 estádios construídos para a Copa do Mundo estão em estados que não possuem times classificados na primeira divisão do campeonato de futebol. Na contratação das empresas que realizaram as obras destes estádios os investimentos somados chegam a R$ 4,4 bilhões.
Estão nesta situação os estádios do Mané Garrincha (DF), Fonte Nova (BA), Castelão (CE), Arena da Amazônia (AM), Arena das Dunas (RN) e Arena Pantanal (MT). Os estádios possuem, juntos, 314.636 lugares. Destes, a arena do Mané Garrincha teve o contrato mais caro, de R$ 1,4 bilhão, de acordo com o portal de transparência da Controladoria-Geral da União.
Com capacidade para receber 70 mil pessoas, os principais times do DF, Brasiliense e Gama, jogarão a série D do campeonato brasileiro em 2015. Em situação semelhante está o estado amazonense, que não terá nenhum time sequer na segunda divisão do campeonato brasileiro.
A arena Fonte Nova foi a que perdeu possibilidade maior de receber times da primeira divisão, com a queda de Vitória e Bahia para a segunda divisão neste ano.
O estádio baiano tem capacidade para receber 50 mil torcedores e custou R$ 700 milhões aos cofre públicos. A arena Castelão, com custo de R$ 623 milhões e 64 mil lugares, conta com dois times na série B do brasileirão: Ceará e Sampaio Correia. Esses times já estavam nessa divisão no ano passado.
O cearense Icasa caiu para a terceira divisão este ano. O Rio Grande do Norte também perdeu um time para a série C, o América. Somente o ABC representará o estado na série B. A arena das Dunas custou R$ 400 milhões e tem capacidade para 43 mil pessoas. Outro lado De acordo com a coordenadoria de Comunicação para Grandes Eventos do Governo do Distrito Federal, todos os grandes times que jogaram no Mané Garrincha já manifestaram interesse em voltar à arena em 2015.
O órgão afirmou ainda que até 2019 também estão na agenda no estádio 14 jogos de futebol masculino e feminino pelas Olimpíadas de 2016, o Fórum Mundial das Águas em 2018 e a Universíade, em 2019, segundo maior evento esportivo universitário do planeta, com 12 mil atletas participando.
Já a comunicação da Arena Amazônia ressaltou que, a princípio, os dias 21, 23 e 25 de janeiro já estão pré-agendados para eventos, mas os jogos ainda não foram oficializados. Estádios na primeira divisão Os outros seis estádios estão em estados com representantes na primeira divisão. É o caso do Maracanã (RJ), Mineirão (MG), Arena Corinthians (SP), Beira-Rio (RS), Arena Pernambuco (PE), Arena da Baixada (PR). Nestes estados, 15 times foram classificados para a primeira divisão. O estado com maior quantidade de classificados é São Paulo, com um terço dos times. São eles: São Paulo, Santos, Palmeiras, Corinthians e Ponte Preta.
Em seguida, a maior quantidade é do estado do Rio de Janeiro, com três: Flamengo, Fluminense e Vasco. Os outros estados tem apenas dois de cada, do total de 20 times, com vaga garantida na série A. Em Santa Catarina o movimento inverso aconteceu. Com quatro times na primeira divisão no próximo ano, o estado não foi um dos agraciados pela Copa do Mundo. As agremiações Avaí, Chapecoense, Figueirense e Joinville disputarão a principal divisão do campeonato brasileiro.
Goiás também estará na série A, mas sem arena padrão Fifa. Relatório do TCU O custo de reforma e construção dos estádios do Mundial ficou acima do orçamento original. Segundo informações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tribunal de Contas da União, as arenas custaram R$ 8,44 bilhões, o que representou acréscimo de R$ 440 milhões ao valor previsto.
Mesmo assim, o Tribunal diz estar satisfeito com o nível de uso dos estádios após a Copa, “O aproveitamento desses espaços para finalidades múltiplas constitui relevante legado deixado pela Copa do Mundo Fifa 2014 para o Brasil”, diz o documento.
fonte rota2014
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