ACORDA BRASIL, VAMOS MUDAR AÉCIO 45
Por VaniaLCintra
No final do programa que era para ter sido um debate, um debate de ideias a respeito do Brasil de amanhã, dois minutos de pura música para os ouvidos - um belo discurso de Aécio. De muito bom tom. Até parecia o discurso de um candidato à Presidência de uma República de 1º mundo...!
É incontestável: Aécio é muito mais articulado e tem muito mais bom gosto que Fernando Henrique, Serra e Alckmin juntos. Se o que nos sobra na vida é o PSDB, nada mais, que viva a tradicional família mineira...
E, durante o programa, ninguém chamou a mãe de ninguém de feia. Nem de bonita. O que não significou que tenha havido nenhuma baixaria, nem, muito menos, significou que tenha havido mais conteúdo. No que era para ter sido um debate, um debate de ideias a respeito do Brasil de amanhã, ouviram-se apenas as mesmas bobagens que foram ouvidas nos semelhantes programas anteriores.
Que pena... Ainda não foi desta vez. E tenho cá comigo que nem no próximo programa, que será o último, o da Globo, Rousseff permitirá que o debate aconteça. Ouviremos as mesmas bobagens...
Quanto ao discurso de Rousseff, o que transcrevo abaixo não é um deles. Mas bem que parece ser:
"Cloto, Átropos, Tífon, Laquesis, Siva... / e acima deles, como um astro, a arder, / na hiperculminação definitiva / o meu supremo e extraordinário Ser! // Em minha sobre-humana retentiva / brilhavam, como a luz do amanhecer, / a perfeição virtual tornada viva / e o embrião do que podia acontecer! // Por antecipação divinatória, / eu, projetado muito além da História, / sentia dos fenômenos o fim... // A coisa em si movia-se aos meus brados / e os acontecimentos subjugados / olhavam como escravos para mim!"
Este é um poema de Augusto dos Anjos.
Quanto mais Rousseff abre a boca, mais me lembro de Augusto dos Anjos. Não pelo desprezo aos prazeres mundanos, ou pelo rigor na forma, pela cadência melódica, a métrica rígida, as rimas preciosas dos versos perfeitos que caracterizam o nosso poeta, mas pelo teor místico e o tétrico mau gosto do conjunto da obra e pelo sugestivo título de seu livro: “Eu e outras poesias”.
Rousseff bem poderia, ela também, publicar um livro com o mesmo título, muito adequado, pelo "eu" e pelo "poesias", a uma coletânea de seus discursos de campanha. E poderia colocar esse soneto aí como introdução. Ele se chama "Canto de onipotência"...
FONTE AVERDADESUFOCADA
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