Jornalista Andrade Junior

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Brasil, País do Carnaval

A.C. Monteiro
Advogado     
  É isso aí! Somente figuramos no contexto internacional como país do carnaval. Ai, sim, somos conhecidos como excelência no assunto. Rio, São Paulo, Recife e Salvador são tomados por uma avalanche de turistas que lá aportam para conhecerem a verdadeira e única produção nacional.
No mais, estamos mergulhados em um mar de lama apodrecida pela vergonhosa e espantosa corrupção que vem tomando conta deste gigante que, “a contrario sensu” das inúmeras propagandas governamentais de cunho eminente ideológico e populista, adormecido ainda se encontra em seu leito fúnebre, quiçá “ad perpetum”, por conta de uma política desastrosa e que nenhum compromisso tem para com o erário público e com o povo em geral que paga impostos escorchantes para, lá adiante, vê-los surrupiados, e sem nenhuma punição pelo mal feito. Em outras nações, principalmente aquelas que se alinham com a política brasileira, seriam sumariamente fuzilados e os seus familiares obrigados a indenizar o governo pelos danos que os mesmos causaram à nação, inclusive, com o pagamento da munição utilizada na execução.
 Aqui, nada acontece! Tudo permanece como se vivêssemos num verdadeiro mar de rosas, ou melhor, uma minoria que tem na corrupção o seu “modus vivendi”, enquanto que os demais de pires na mão imploram por saúde, educação e segurança, que nunca chega à população, mormente aos marginalizadas, a não ser algumas migalhas que recebem via inúmeras bolsas doadas pelo governo central que, estreme de dúvidas, rendem aos seus doadores polpudos dividendos políticos etc.
Não é este o país que queremos para os nossos descendentes. Queremos sim, viver num verdadeiro estado democrático de direito, na certeza de que as riquezas produzidas pela nação sejam devidamente distribuídas para toda a sociedade, em forma de um sem fim de benefícios, e não para uma minoria privilegiada, como soia acontecer.
Contudo, não é isso que se vê no dia a dia da política brasileira, e sim uma enorme e gigantesca onda de assalto aos cofres públicos, em detrimento de milhões de miseráveis que nada tem para comer e sequer se medicar quando são acometidos pela doença.
Mas, em contrapartida, os mensaleiros da vida e os corruptos identificados pela operação porto seguro e agora mais recente o escândalo da Petrobrás, onde o eminente e todo poderoso José Sergio Gabrielli, à frente daquela estatal causou ao país um rombo que ultrapassa a cifra de um bilhão de dólares, com a compra de uma usina de petróleo totalmente ultrapassada, cujo fato foi amplamente divulgado na revista Veja desta semana e que nos causa asco pela ilegalidade da transação e pela leniência do governo em manter o assunto em total sigilo, até hoje. Logicamente e sem dúvida alguma, com a concupiscência de outras autoridades governamentais, porquanto não poderia fazê-lo sem o aval do poder central.
 Instados a se pronunciarem sobre tais desmandos públicos, eis que surgem os defensores desses bandidos travestidos de democratas, capitaneado pelo partido dos trabalhadores que de trabalhador tem somente o nome.
 Procuram, leviana e descaradamente, blindar e proteger os partícipes dessas patifarias sob os mais estapafúrdios argumentos, como se o povo fosse algum ignóbil e não percebesse tamanha imoralidade e criminoso desmando.
Insurgem-se, inclusive, contra a instituição que tem o dever constitucional de proteger a Lei Maior, como se estivessem acima das normas que regem o nosso ordenamento jurídico, culminando por afirmar com todas as letras que não seriam cumpridas as decisões daquela Corte de Justiça, aqui me referindo as condenações impostas aos deputados federais, condenados que foram por ato de corrupção e que tiveram os seus mandatos cassados, numa verdadeira acinte ao estado democrático de direito. Dilapidaram o patrimônio público, em proveito próprio e alheio, amplamente demonstrado na Ação Penal 470, através do devido processo legal e ampla defesa, e agora se julgam inocentes e vítimas da perseguição da direita radical, e da imprensa, que se procura calar.
Já está programada uma manifestação pública que deverá acontecer nas principais cidades brasileiras para o ano vindouro, capitaneada pelo PT de forma a demonstrar a perseguição política que vem sofrendo aquela agremiação por parte de alguns setores da sociedade, isto no sentido de escamotear a verdade e iludir o povo menos esclarecido com mentiras e propagandas subliminares, próprio de regimes totalitários e, até mesmo blindar quem nessas alturas dos acontecimentos já deveria estar enjaulado pelos desmandos públicos então cometidos.
 A partir deste contexto somos acordes em afirmar aqui, lá e acolá, que o Brasil não merece ser governado por essa corja de bandidos, flagrados que foram assaltando não só os cofres públicos, mas também o povo brasileiro como um todo, principalmente os mais humildes.
  Não podemos mais ser reconhecidos mundialmente como o país do carnaval, e tampouco pela prática generalizada de atos de corrupção no seio do governo, mas, tão-somente como uma nação que busca o bem estar do seu povo, através do trabalho sério e honesto dos seus gestores, caso contrário estaremos sempre e sempre fadados ao insucesso, embora sejamos uma potência ainda adormecida, diante desses descalabros em boa hora divulgados pela imprensa nacional.
 Resta agora, apurar e punir com os rigores da lei essa malfadada transação envolvendo José Sérgio Gabrielli e todos aqueles que se locupletaram direta ou indiretamente desse negócio escuso, tenebroso e altamente prejudicial aos cofres públicos. O país não pode ficar silente a ocorrências desse jaez. O governo precisa dar uma satisfação ao povo brasileiro e não jogar para baixo do tapete as sujeiras praticadas pelos seus agentes. É o meu entendimento e de muitos que clama por justiça etc.

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