Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A morte dos direitos humanos

Se a Primeira Emenda cair ante os gays como aconteceu com a Magna Carta, será o fim dos verdadeiros direitos humanos nos EUA (e por extensão para o resto do mundo ocidental).

Esta semana marca o aniversário da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela ONU em 1948. O Dia Internacional dos Direitos Humanos é comemorado no dia 10 de dezembro. Infelizmente, o dia é celebrado em grande parte por esquerdistas, que raptaram a expressão “direitos humanos” em tempos recentes para servir à sua agenda desviada. No entanto, os verdadeiros direitos humanos, como eram entendidos ao longo dos séculos, surgiram da visão de mundo bíblica e a condensam.

Diferente da maioria dos ativistas de esquerda que exploram o Dia Internacional dos Direitos Humanos como uma oportunidade para atacar o Cristianismo e defender a perversão sexual, eu sou na verdade um advogado de direitos humanos com treinamento especial fornecido pela ONU em Strasbourg. Também sou autor da Declaração de Riga pela Liberdade Religiosa, Valores Familiares e Direitos Humanos (www.defendthefamily.com/intl/) que documenta que a liberdade religiosa e os valores familiares têm sido firmemente defendidos em 4 mil anos de leis escritas sobre direitos humanos, mas que o “direito” ao homossexualismo é uma invenção da esquerda moderna.
Além disso, esse “direito à sodomia” na verdade solapa os verdadeiros direitos humanos, como exemplificado pelo colapso da Magna Carta no Reino Unido. O primeiro princípio daquele venerável documento de direitos humanos declara que “A Igreja da Inglaterra será livre”. Esse princípio, estabelecido na pedra fundamental da jurisprudência britânica em 1215, manteve-se inabalado por quase 800 anos até que a ascensão do movimento gay na última década alcançou o poder de redefinir a liberdade religiosa como “homofobia” e de esmagá-la debaixo da sola de seus coturnos rosas.
Um dos pontos altos das minhas viagens pelo mundo foi ter a oportunidade de ver uma das cópias manuscritas originais da Magna Carta na catedral de Salisbury, na Inglaterra. É uma de apenas três remanescentes das onze que existiam. Isso foi em 1997, quando estava em vias de concluir meus estudos no Instituto de Direitos Humanos Internacionais na Universidade de Strasbourg. Naquele tempo a Magna Carta ainda vigorava.
Exatamente 10 anos depois, em 2007, a caminho de Varsóvia para falar sobre direitos humanos no Congresso Mundial das Famílias IV, dei uma parada rápida em Dublin, Irlanda. Lá encontrei um ativista cristão que estava literalmente se escondendo da polícia sob ameaça de prisão por falar contra o homossexualismo nas vias públicas, violando as novas Regulamentações de Orientação Sexual (SRO). A força da Magna Carta não poderia mais proteger esse irmão cristão. Após oito séculos ela foi finalmente violada, e foi por militantes ativistas do movimento gay. As notícias vindas do Reino Unido desde então pintam um quadro cada vez mais lúgubre para os cristãos.
Hoje em dia só existe um documento de direitos humanos que ainda vigora como uma barreira à agenda homossexual no Ocidente: a Primeira Emenda Constitucional dos Estados Unidos. De fato, ela é a fonte das cláusulas de liberdade religiosa e de expressão da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, na qual se baseiam todas as leis e todos os tratados sobre direitos humanos. (A primeira metade da Declaração Universal foi escrita pelos americanos, e a última parte pelos soviéticos nos dias que se seguiram à conclusão dos julgamentos em Nuremberg dos nazistas pelas forças aliadas).
Mas apesar do surgimento da Declaração Universal e de todo o seu legado estatutário, nenhum país do mundo tem sido tão vigoroso na defesa das liberdades religiosas e de expressão quanto os Estados Unidos, devido à Primeira Emenda. No entanto, mesmo enquanto celebramos o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Primeira Emenda está sob cerco pelas mesmas forças que derrubaram a Magna Carta. Nos últimos anos, ela tem sobrevivido a uma série de ataques que continuam a crescer em frequência e severidade, sem sinal de desistência.
Em menos de um mês, em 7 de janeiro de 2013, irei comparecer a um tribunal federal aqui em Springfield, Massachusetts com meu advogado do Conselho da Liberdade. Na ocasião, ele irá apresentar a nossa argumentação oral para defender o nosso pedido de extinção do processo contra mim por “crimes contra a humanidade”. (www.scottlively.net/2012/06/26/motion-to-dismiss-smug-lawsuit/) Estou sendo processado pela organização Minorias Sexuais Uganda (SMUG) por pregar contra o homossexualismo naquele país. O que está em questão é a força da Primeira Emenda para proteger o direito de pregar o Evangelho em um país estrangeiro.
Basicamente, os requerentes sustentam que a mesma aceitação europeia dos “direitos humanos” homossexuais que deu poder às regulamentações de orientação sexual no Reino Unido e derrubou a Magna Carta representa uma nova norma internacional que deve ser defendida por todo o mundo. Deste modo, mesmo que a pregação contra o homossexualismo seja um discurso protegido tanto em Uganda quanto nos EUA, me responsabilizam legalmente com base na interpretação de “lei internacional” feita pela SMUG. Apesar disso, parece ridículo, mas igualmente pareceu a ideia das regulamentações de orientação sexual que se tornaram lei no Reino Unido.
Gostaria de aproveitar a oportunidade deste aniversário para pedir por orações. Não tanto para mim mesmo, mas para os EUA. Porque a derrota para esses requerentes sob essas alegações iria significar uma violação da Primeira Emenda da mesma forma que da Magna Carta. Se a Primeira Emenda não pode proteger meus direitos de liberdade religiosa e liberdade de expressão em um país estrangeiro, tanto menos ela irá proteger todos nós em nosso próprio país. De fato, não já começamos a ver a “orientação sexual” sobrepujar a liberdade religiosa (e em menor extensão a liberdade de expressão) como uma tendência legal? Quão pior será se os tribunais federais aceitarem o raciocínio jurídico europeu em suas decisões?
Meus amigos, entendo a gravidade do que estou dizendo. Se a Primeira Emenda cair ante os gays como aconteceu com a Magna Carta, será o fim dos verdadeiros direitos humanos nos EUA (e por extensão para o resto do mundo ocidental). Não há a quem recorrer. A Primeira Emenda é o último bastião de liberdade aos cristãos. Se ela cair, uma grave perseguição a todos os que ousarem falar a verdade da Bíblia estará muito próxima. Orem fervorosamente para que ela prevaleça!


Tradução: Luis Gustavo Gentil

Do documento original “The Death of Human Rights” enviado pelo Dr. Scott Lively para Julio Severo - www.juliosevero.com.

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