PChagas
Caros amigos
Após
assistir, nos noticiários de hoje, a mais um relato escabroso do
crescente índice de assassinatos de homens, mulheres, idosos, jovens e
crianças, por puro divertimento e pela maldade das gangues organizadas à
sombra da impunidade, concluo sobre a hipocrisia da Comissão Nacional
da Verdade que se presta a investigar em nome de “direitos humanos” um
passado de quatro décadas, já anistiado, sem enxergar ou importar-se com
as desastrosas consequências do ambiente de “liberdade” criado e
aperfeiçoado pelos companheiros da luta armada cujos crimes querem
esconder.
Cabe repetir as perguntas que fiz há algum tempo: Liberdade para quê? Liberdade para quem?
Liberdade para roubar, matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar?
Liberdade para ladrões, assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos, traficantes, viciados e hipócritas?
Falam
de uma “noite” que durou 21 anos, enquanto fecham os olhos para a
baderna, a roubalheira e o desmando que, à luz do dia, já dura 27!
Fala-se
muito em liberdade! Liberdade que se vê de dentro de casa, por de trás
das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos vidros
fumê!
Mas, afinal, o que se vê?
Vê-se
tiroteios, incompetência, corrupção, quadrilhas e quadrilheiros, guerra
de gangues e traficantes, Polícia Pacificadora, Exército nos morros,
negociação com bandidos, violência e muita hipocrisia.
Olhando
mais adiante, enxergamos assaltos, estupros, pedófilos, professores
desmoralizados, ameaçados e mortos, vemos “bullying”, conivência e
mentiras, vemos crianças que matam, crianças drogadas, crianças
famintas, crianças armadas, crianças arrastadas, crianças assassinadas.
Da
janela dos apartamentos e nas telas das televisões vemos arrastões,
bloqueios de ruas e estradas, terras invadidas, favelas atacadas,
policiais bandidos e assaltos a mão armada.
Vivemos
em uma terra sem lei, assistimos a massacres, chacinas e sequestros.
Uma terra em que a família não é valor, onde menores são explorados e
violados por pais, parentes, amigos, patrícios e estrangeiros.
Vivemos
no país da impunidade onde o crime compensa e o criminoso é conhecido,
reconhecido, recompensado, indenizado e transformado em herói! Onde
bandidos de todos os colarinhos fazem leis para si, organizam
“mensalões” e vendem sentenças!
Nesta terra, a
propriedade alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é tomada de
seus donos, os bancos são assaltados e os caixas explodidos. É aqui, na
terra da “liberdade”, que encontramos a “cracolândia” e a “robauto”,
“dominadas” e vigiadas pela polícia!
Vivemos
no país da censura velada, do “micoondas”, dos toques de recolher, da
lei do silêncio e da convivência pacífica do contraventor e com o homem
da lei. País onde bandidos comandam o crime e a vida de dentro das
prisões, onde fazendas são invadidas, lavouras destruídas e o gado
dizimado!
Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê?
Nossa, que somos prisioneiros do medo e reféns da impunidade ou da bandidagem organizada e institucionalizada que a controla?
Afinal, aqueles da escuridão eram “anos de chumbo” ou anos de paz?
E estes em que vivemos, são anos de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem?
Quanta
falsidade, quanta mentira quanta canalhice ainda teremos que suportar,
sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a vergonha, a
auto estima e a própria dignidade?
Quando será que nós, homens e mulheres de bem, teremos de volta a nossa liberdade?
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