Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O preço do radicalismo

Editorial O Estado de S. Paulo -
Dominados pelo radicalismo, que os impede de entender as transformações pelas quais passa o mundo, especialmente o mundo do trabalho, dirigentes sindicais dos metalúrgicos de São José dos Campos inviabilizam investimentos na expansão do parque industrial da região, reduzem as oportunidades de emprego, prejudicam os trabalhadores que dizem defender e, cada vez mais distantes do realismo que marca a atuação de outros sindicalistas, decidiram prejudicar a população, com a  interrupção do tráfego na Rodovia Presidente Dutra, que liga as : duas maiores cidades do País.  Agindo de modo insensato, afastam-se cada vez mais dos trabalhadores e se arriscam a perder o direito de se proclamarem seus representantes
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Talvez estimulados pela impunidade com que o fizeram pela primeira vez, em agosto do ano passado, e com as mesmas alegações, esses dirigentes  mobilizaram trabalhadores da  empresa General Motors ; (GM), que estavam em greve,  para um protesto na Via Dutra, que constituiu na interdição total das duas pistas da rodovia na manhã de terça-feira, o que resultou em congestionamento de até 8 quilômetros no sentido São Paulo-Rio.
Como no ato realizado no ano passado, os sindicalistas protestavam contra a possível demissão de até 1,5 mil trabalhadores da GM. Enfrentando concorrência cada vez mais acirrada, como ocorre com outras empresas industriais instaladas no País, a montadora de veículos vem procurando reduzir seus custos operacionais, aumentar sua produtividade e, assim, defender seus mercados e, se possível, ampliá-los. Isso implica decisões cruciais em diferentes áreas, como a dos investimentos e a das relações trabalhistas.
Mudanças como a adoção de jornadas diferenciadas, revisão dos padrões de remuneração, definição de novos benefícios e responsabilidades, entre outras fazem parte dos temas que precisam ser discutidos com serenidade por trabalhadores e empresas, para que se preservem as fábricas sem impor perdas aos empregados. No caso de São José dos Campos, no entanto, discussões como essas, embora inevitáveis no processo de transformações por que passa a indústria em todo o mundo, não avançam, por causa do radicalismo da direção sindical, dominada por representantes do PSTU e seu braço sindical, a Conlutas.
Resistente a qualquer iniciativa da empresa na área trabalhista, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos está forçando a GM a reduzir paulatinamente suas atividades na cidade, deslocando-a para outras unidades, como as de São Caetano do Sul (SP), Joinville (SC) e Gravataí (RS). Dados recentes indicam que, de R$ 5,5 bilhões investidos pela empresa em quatro anos, apenas R$ 800 milhões foram destinados à unidade de São José dos Campos.
Na fábrica do Vale do Paraíba estão empregados 7,5 mil trabalhadores. A interrupção da produção de modelos que ali eram fabricados e a escolha de outros locais para a montagem dos novos modelos estão reduzindo a importância de São José dos Campos na estrutura da GM brasileira, com reflexos no quadro de pessoal.
Desde agosto, 800 empregados foram colocados no regime de lay-oif, isto é, permanecem em casa enquanto o ritmo de atividade da fábrica não se normalizar. Fazem parte do grupo de 1,5 mil trabalhadores que, segundo o sindicato, podem ser demitidos. Foi para protestar contra essa possível demissão que, depois de paralisar a produção, o sindicato levou os trabalhadores à via Dutra, para perturbar a vida da população.
Houve tempo em que sindicalistas do ABC agiam de modo semelhante e levaram as empresas a reduzir seus programas de investimentos na região e até a estudar a possibilidade de fechamento de fábricas. Felizmente para essas regiões e para os metalúrgicos, novos dirigentes sindicais souberam compreender as mudanças na economia mundial, que exigem cada vez mais eficiência e menores custos, e se adaptaram a elas, com benefícios para empregados, empregadores e para a economia local. Não é, lamentavelmente, o que se vê em São José dos Campos.
  
Talvez estimulados pela impunidade com que o fizeram pela primeira vez, em agosto do ano passado, e com as mesmas alegações, esses dirigentes  mobilizaram trabalhadores da  empresa General Motors ; (GM), que estavam em greve,  para um protesto na Via Dutra, que constituiu na interdição total das duas pistas da rodovia na manhã de terça-feira, o que resultou em congestionamento de até 8 quilômetros no sentido São Paulo-Rio.
Como no ato realizado no ano passado, os sindicalistas protestavam contra a possível demissão de até 1,5 mil trabalhadores da GM. Enfrentando concorrência cada vez mais acirrada, como ocorre com outras empresas industriais instaladas no País, a montadora de veículos vem procurando reduzir seus custos operacionais, aumentar sua produtividade e, assim, defender seus mercados e, se possível, ampliá-los. Isso implica decisões cruciais em diferentes áreas, como a dos investimentos e a das relações trabalhistas.
Mudanças como a adoção de jornadas diferenciadas, revisão dos padrões de remuneração, definição de novos benefícios e responsabilidades, entre outras fazem parte dos temas que precisam ser discutidos com serenidade por trabalhadores e empresas, para que se preservem as fábricas sem impor perdas aos empregados. No caso de São José dos Campos, no entanto, discussões como essas, embora inevitáveis no processo de transformações por que passa a indústria em todo o mundo, não avançam, por causa do radicalismo da direção sindical, dominada por representantes do PSTU e seu braço sindical, a Conlutas.
Resistente a qualquer iniciativa da empresa na área trabalhista, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos está forçando a GM a reduzir paulatinamente suas atividades na cidade, deslocando-a para outras unidades, como as de São Caetano do Sul (SP), Joinville (SC) e Gravataí (RS). Dados recentes indicam que, de R$ 5,5 bilhões investidos pela empresa em quatro anos, apenas R$ 800 milhões foram destinados à unidade de São José dos Campos.
Na fábrica do Vale do Paraíba estão empregados 7,5 mil trabalhadores. A interrupção da produção de modelos que ali eram fabricados e a escolha de outros locais para a montagem dos novos modelos estão reduzindo a importância de São José dos Campos na estrutura da GM brasileira, com reflexos no quadro de pessoal.
Desde agosto, 800 empregados foram colocados no regime de lay-oif, isto é, permanecem em casa enquanto o ritmo de atividade da fábrica não se normalizar. Fazem parte do grupo de 1,5 mil trabalhadores que, segundo o sindicato, podem ser demitidos. Foi para protestar contra essa possível demissão que, depois de paralisar a produção, o sindicato levou os trabalhadores à via Dutra, para perturbar a vida da população.
Houve tempo em que sindicalistas do ABC agiam de modo semelhante e levaram as empresas a reduzir seus programas de investimentos na região e até a estudar a possibilidade de fechamento de fábricas. Felizmente para essas regiões e para os metalúrgicos, novos dirigentes sindicais souberam compreender as mudanças na economia mundial, que exigem cada vez mais eficiência e menores custos, e se adaptaram a elas, com benefícios para empregados, empregadores e para a economia local. Não é, lamentavelmente, o que se vê em São José dos Campos.

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