O HUMANISTA e o lado profissional
Recebia via e-mail de um amigo leitor e retransmito aos leitores..
Como o assunto ainda está em pauta, segue meu testemunho sobre o Niemeyer, que divulguei há poucos dias.
Abrs. Mário Ivan
Meus caros amigos, o arquiteto também tem pés de barro. Suas obras são
horríveis. Certa feita ele mesmo declarou que projetava prédios para serem
vistos, não para serem habitados. Lembro os anexos dos ministérios, em
Brasília, cujas janelas são fixas, simplesmente não abrem. Quando o sistema de
ar condicionado quebra os ministérios encerram o expediente. A catedral de
Brasília é um forno. Nem os índios quiseram o prédio que ele projetou para ser
o Museu do Índio. E mais: nunca foi exilado. Conheci-o em 1975, no tempo em que
orientava as obras do QGEx. Pouco antes, havia projetado aquele palanque em
frente ao QG e, na época, exigiu que a estrutura fosse calculada pelo Joaquim
Cardoso, um engenheiro boêmio de Pernambuco, tocador de violão, bebedor de
cachaça e também comunista. Cometeu tantos erros de cálculo que o conserto da
obra custou quatro vezes o preço inicial. O responsável pelo recálculo foi o
Cel Rubeny, que deve ser conhecido de muitos de vocês. Essa história de que ele
tem fama internacional e é considerado um dos maiores arquitetos de sua época é
pura balela. Na Europa, pouco falam dele, a não ser seus colegas comunistas. A
Europa tem profissionais muitíssimo melhores.
Abrs. Mário Ivan
PS: os
blocos de Of Gen, na SQN 102, foram projetados por ele de tal forma que os
vizinhos do general eram seu AjO e seu motorista; felizmente o Gen Ellery,
então Diretor de Obras, reformulou tudo. Se ele era tão bom, por que Brasília
até hoje não tem um metrô que preste?
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