Jornalista Andrade Junior

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O HUMANISTA e o lado profissional

 O HUMANISTA e o lado profissional
Recebia via e-mail de um amigo leitor e retransmito aos leitores..
Como o assunto ainda está em pauta, segue meu testemunho sobre o Niemeyer, que divulguei há poucos dias.
          Abrs. Mário Ivan
   Meus caros amigos, o arquiteto também tem pés de barro. Suas obras são horríveis. Certa feita ele mesmo declarou que projetava prédios para serem vistos, não para serem habitados. Lembro os anexos dos ministérios, em Brasília, cujas janelas são fixas, simplesmente não abrem. Quando o sistema de ar condicionado quebra os ministérios encerram o expediente. A catedral de Brasília é um forno. Nem os índios quiseram o prédio que ele projetou para ser o Museu do Índio. E mais: nunca foi exilado. Conheci-o em 1975, no tempo em que orientava as obras do QGEx. Pouco antes, havia projetado aquele palanque em frente ao QG e, na época, exigiu que a estrutura fosse calculada pelo Joaquim Cardoso, um engenheiro boêmio de Pernambuco, tocador de violão, bebedor de cachaça e também comunista. Cometeu tantos erros de cálculo que o conserto da obra custou quatro vezes o preço inicial. O responsável pelo recálculo foi o Cel Rubeny, que deve ser conhecido de muitos de vocês. Essa história de que ele tem fama internacional e é considerado um dos maiores arquitetos de sua época é pura balela. Na Europa, pouco falam dele, a não ser seus colegas comunistas. A Europa tem profissionais muitíssimo melhores.
        Abrs. Mário Ivan
PS: os blocos de Of Gen, na SQN 102, foram projetados por ele de tal forma que os vizinhos do general eram seu AjO e seu motorista; felizmente o Gen Ellery, então Diretor de Obras, reformulou tudo. Se ele era tão bom, por que Brasília até hoje não tem um metrô que preste?

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