O brasileiro que se acostumou a viajar de avião pagando pouco pelo
bilhete pode se preparar para um 2013 de passagens mais caras. Analistas
avaliam que o preço médio das tarifas dos voos domésticos deve subir
entre 8% e 10% no ano que vem, dando alívio às companhias aéreas, que
enfrentaram prejuízos bilionários em 2012. Com isso, há quem já fale em
queda na movimentação de passageiros em 2013. Para este ano, é esperada
uma desaceleração no ritmo de expansão para cerca de 7,5% no número de
pessoas que embarcam e desembarcam nas rotas nacionais, após três anos
de dois dígitos de crescimento. ...
O reajuste será resultado do corte na oferta de assentos nos voos domésticos pelas duas maiores empresas do setor, TAM e Gol, e da maior concentração do mercado. A TAM anunciou que reduzirá em 7% sua oferta em 2013. A Gol deve fechar 2012 com diminuição de 4,5% e prevê novo corte de 5% a 8% no primeiro trimestre do ano que vem. O movimento já foi captado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em outubro (último dado disponível), houve queda de 2,13% na oferta de assentos nacionais, após oito anos de crescimento para o mês.
— As empresas perderam dinheiro em 2012. A solução para voltar ao equilíbrio passa pelo aumento de tarifas e corte dos voos deficitários. Um aumento de 8% a 10% das tarifas médias é o mínimo para que recomponham suas margens. Essa necessidade de realinhar o preço das passagens vai levar a um crescimento zero ou negativo (do número de passageiros domésticos) em 2013 — disse André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company.
DÓLAR E COMBUSTÍVEL: PRESSÃO
Desde 2002, quando passou a vigorar a liberdade tarifária, o preço médio das passagens já caiu 82%. A queda é atribuída à maior concorrência, especialmente com a chegada da Azul em 2008, ao aumento da renda média do brasileiro e à facilidade de crédito.
Em 2013, no entanto, o setor terá perdido competidores. A Webjet, conhecida por praticar preços baixos, foi comprada pela Gol e teve suas atividades encerradas em novembro. Espera- se também que a união entre Azul e Trip seja aprovada ano que vem. Com menos concorrência, abre-se mais espaço para reajustes nos preços.
— Em 2013, é possível que empresas como Avianca e Azul-Trip aumentem sua fatia de mercado, mas, ainda assim, o setor estará mais concentrado. Esperamos maior racionalidade nas tarifas — diz Lucas Arruda, sócio-diretor da área de aviação da Lunica.
As empresas admitem que as tarifas serão elevadas ou que “haverá recomposição de preços”, como diz a Azul. Mas frisam que quem comprar com antecedência continuará a encontrar preços atraentes.
Para Arruda, a pressão de custos deve se manter em 2013. O dólar deve ficar entre entre R$ 2,08 e R$ 2,13 — em 2012 caiu abaixo de R$ 1,70. E o Querosene de Aviação (QAV) deve permanecer em patamar elevado. Em 2012, a alta é de 16,7% até novembro.
O reajuste será resultado do corte na oferta de assentos nos voos domésticos pelas duas maiores empresas do setor, TAM e Gol, e da maior concentração do mercado. A TAM anunciou que reduzirá em 7% sua oferta em 2013. A Gol deve fechar 2012 com diminuição de 4,5% e prevê novo corte de 5% a 8% no primeiro trimestre do ano que vem. O movimento já foi captado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em outubro (último dado disponível), houve queda de 2,13% na oferta de assentos nacionais, após oito anos de crescimento para o mês.
— As empresas perderam dinheiro em 2012. A solução para voltar ao equilíbrio passa pelo aumento de tarifas e corte dos voos deficitários. Um aumento de 8% a 10% das tarifas médias é o mínimo para que recomponham suas margens. Essa necessidade de realinhar o preço das passagens vai levar a um crescimento zero ou negativo (do número de passageiros domésticos) em 2013 — disse André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company.
DÓLAR E COMBUSTÍVEL: PRESSÃO
Desde 2002, quando passou a vigorar a liberdade tarifária, o preço médio das passagens já caiu 82%. A queda é atribuída à maior concorrência, especialmente com a chegada da Azul em 2008, ao aumento da renda média do brasileiro e à facilidade de crédito.
Em 2013, no entanto, o setor terá perdido competidores. A Webjet, conhecida por praticar preços baixos, foi comprada pela Gol e teve suas atividades encerradas em novembro. Espera- se também que a união entre Azul e Trip seja aprovada ano que vem. Com menos concorrência, abre-se mais espaço para reajustes nos preços.
— Em 2013, é possível que empresas como Avianca e Azul-Trip aumentem sua fatia de mercado, mas, ainda assim, o setor estará mais concentrado. Esperamos maior racionalidade nas tarifas — diz Lucas Arruda, sócio-diretor da área de aviação da Lunica.
As empresas admitem que as tarifas serão elevadas ou que “haverá recomposição de preços”, como diz a Azul. Mas frisam que quem comprar com antecedência continuará a encontrar preços atraentes.
Para Arruda, a pressão de custos deve se manter em 2013. O dólar deve ficar entre entre R$ 2,08 e R$ 2,13 — em 2012 caiu abaixo de R$ 1,70. E o Querosene de Aviação (QAV) deve permanecer em patamar elevado. Em 2012, a alta é de 16,7% até novembro.
Por Danielle Nogueira
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