Por Marco Antonio Esteves Balbi
Há pouco tempo atrás, o Brasil tomou conhecimento de que o ex-presidente da República, atual Presidente do Senado Federal, Sr José Sarney não é uma pessoa comum. Acusado por uma série de denúncias, conseguiu até mesmo censurar, com ordem judicial expedida pela autoridade competente, o jornal O Estado de São Paulo, proibido de veicular matéria sobre o assunto.
Recentemente desencadeou-se a campanha “Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”! Os acólitos de sempre do apedeuta de Garanhuns prometem, inclusive, ir às ruas para defender a honorabilidade impoluta do palestrante “honoris causa”, pago a peso de ouro em todos os recantos do mundo. O jornalista Augusto Nunes elaborou extensa lista dos acólitos de Lula. Vale a consulta.
Hoje descobre-se que o Brasil tem mais um cidadão incomum.
Inicialmente conseguiu incluir uma nota bastante truncada numa das colunas mais lidas e respeitadas, pela credibilidade do jornalista, equipe e jornal que a publica. A nota não resiste à mais simples análise.
Dois dias depois um repórter do jornal que abriga a coluna já mencionada publicou pequena matéria sobre o assunto, que peca logo pelo título. Ou seja, um cidadão com amplo espaço na mídia grava um vídeo e o divulga viralmente nas redes sociais, conclamando as pessoas a reagirem, protestando em frente à sede do evento. Mas, como ele não pode comparecer, então ele não tem nada a ver com isso?! O repórter concedeu mais algumas linhas para o acusado, ouviu superficialmente o delegado titular onde corre o inquérito e, não conseguindo ouvir ninguém do Clube Militar e precisando fechar a pauta – típico, não é verdade? – encerrou a matéria com o clássico jargão “...representantes do Clube Militar não foram localizados (talvez ele tenha ido à Urca, onde pensa ser a sede do Clube Militar) para comentar o assunto.
Tudo poderia se encerrar por aí, caso o Sr Silvio Tendler não resolvesse estender o assunto, publicando num desses blogs a soldo uma carta aberta a um delegado de polícia.
Já no primeiro parágrafo tenta minimizar a figura do Presidente do Clube Militar, escrevendo em letras minúsculas. Um Clube com 125 anos de tradição e história, que já foi fechado por duas vezes, parece-me que conseguirá sobreviver aos ataques histriônicos do Sr Silvio Tendler.
No segundo parágrafo o autor se exime de responsabilidade pelos fatos ocorridos, posto que não esteve presente, sofismando sobre o vídeo. E mente, ao asseverar que a Presidente da República determinou que não se comemorasse o evento histórico de 31 de março de 1964. O Sr Silvio está desafiado a apresentar tal documento.
A seguir o Sr Silvio afirma – como ele sabe se não esteve na reunião? – que o Gen Cerqueira, ex-presidente do Clube Militar, compareceu ao evento e o acusa de ter executado Lamarca e Zequinha nos sertões da Bahia. Chama Lamarca de “herói” e aproveita para fazer propaganda do seu próximo trabalho que será o enaltecimento deste “grande brasileiro”. Como se passará a cena na qual Lamarca preside o tribunal que condena à morte o Ten Mendes, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a coronhadas? E a execução propriamente dita, perpetrada por dois comparsas que o acompanhavam? Será que não jorrará muito sangue na tela?
No parágrafo seguinte o Sr Silvio faz insinuações sobre o evento que envolveria a senhora sua mãe, que podem ser pesquisadas e dirimidas nos arquivos do processo no STM. Será que ele já esteve lá e compulsou o inquérito?
Rubens Paiva não
poderia deixar de ser mencionado, afinal é um dos ícones idolatrados
pela esquerda caviar, feliz expressão criada pelo economista Rodrigo
Constantino. Ainda mais depois que virou astro de programa premiado de
uma rede de televisão.
Finalmente o Sr Silvio Tendler confessa que fez um “chamamento” convidando as pessoas a se manifestarem contra as comemorações do golpe de 1964. O Clube Militar, entidade de direito privado, com estatuto e regimento próprios, realizou na data mencionada pelo nominado, um simpósio com o título 1964 – A Verdade, com a presença de três debatedores e um mediador. Salão Nobre lotado, o simpósio alcançou pleno êxito e está disponível em rede social no site do Clube Militar, www.clubemilitar.com.br.
Desde cedo manifestantes perfeitamente identificados postaram-se, em atitude beligerante, nas portarias da sede social, onde o evento se realizaria. Impediram não só o direito de alguns associados e convidados de adentrarem ao prédio, como também dos locatários das lojas e das salas, cuja rotina foi alterada. Além disso, agrediram verbal e fisicamente algumas pessoas, em especial aqueles identificados como mais provectos, fazendo com que a força policial presente tomasse atitude de contraposição, evitando um mal maior. Tentaram, ainda, impedir o trânsito de veículos na Av. Rio Branco, deitando-se no chão sobre as faixas de rolamento e tendo que ser retirados pela polícia.
O Sr Silvio encerra manifestando solidariedade aos manifestantes, ao mesmo tempo que sugere ao delegado que não perca tempo em ouvi-lo, posto que a ocorrência policial registrada seria mera nostalgia da ditadura. Talvez o seja, mas da ditadura comunista que ele e seus sequazes pretendiam e pretendem impor ao Brasil.
O colunista Diogo Mainardi, crítico inteligente, certa feita encareceu que quando um cineasta brasileiro fosse captar recursos do erário público, o meu, o seu, o nosso dinheiro, fosse concedido o crédito a ele com a condição de não produzir o filme, que careceria de qualidade técnica, artística etc. Parece-me que a vasta obra do Sr Silvio insere-se neste contexto.
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