Com Blog do Noblat - O Globo
Uma coisa é o que Lula e os principais líderes do PT dizem para consumo
externo, principalmente dos eleitores cativos dos dois. Outra é o que
dizem para consumo deles mesmos.
Para consumo externo, Lula é candidato à sucessão do presidente Michel
Temer. E como candidato se comporta ao sair em caravana por 25 cidades
de nove Estados do Nordeste.
Para consumo interno, Lula e seus interlocutores concordam que são ralas
as chances de ele não ser condenado na segunda instância da Justiça, o
que o impedirá de ser candidato.
Assim, Lula está em campanha para ser o mais forte cabo eleitoral que um
candidato da oposição possa ter – de preferência, um candidato do PT.
É aí que entra o nome de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, o
petista com o perfil mais palatável para uma maioria de eleitores
conservadores que rejeita os políticos em geral.
É remota a possibilidade de o PT abrir mão de disputar a eleição
presidencial do próximo ano com um candidato próprio. E Ciro Gomes
(PDT), que ofereceu a vice ao PT, sabe disso.
No segundo turno, o jogo será outro. Se Haddad ficar de fora, o PT
apoiará o candidato que se opuser ao governo Temer e ao candidato das
forças reunidas pelo PSDB.
Esse candidato, nas contas do PT, será o governador Geraldo Alckmin
(PSDB), a não ser que até lá ele seja tragado pela Lava Jato. Haddad
acredita que Alckmin escapará incólume.
Para o PT o que verdadeiramente importa é não ser varrido do mapa
eleitoral. Não passar pelo vexame que viveu nas eleições municipais do
ano passado, quando elegeu poucos prefeitos.
EXTRAÍDADEROTA2014BLOGSPOT
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