por Miguel Lucena.
Um cidadão procurou o Conselho Tutelar de uma cidade do Distrito Federal reclamando que o Cartório registrou o sexo de seu filho, nascido homem, como indefinido.
- Como indefinido, não estão vendo não? – bradava o pai, inconformado com o dado consignado na Certidão de Nascimento. Após ação do Conselho Tutelar, o registro foi corrigido.
Em palestra na Casa da Mulher Brasileira, uma doutora em Gênero narrou que corrigiu sua nora porque ela, ao examinar a ultrassonografia, viu o pênis do bebê e comemorou: “É um homenzinho!”.
- Não diga isso! – reclamou a doutora, explicando à nora que o gênero – se homem, mulher ou transexual – quem vai definir é a criança, depois que nascer, crescer e optar.
Tanto para o oficial do cartório quanto para a doutora, gênero é uma questão cultural. O nascituro é um ser humano que se define depois. Esse negócio de ser homem ou mulher é coisa inventada pela sociedade patriarcal.
Precisam, no entanto, explicar por que a definição de homem e mulher, macho e fêmea, existiam nas sociedades matriarcais. Da mesma forma, se o sexo não é biológico, por qual motivo as pessoas que se definem como transexuais precisam tomar hormônio, fazer cirurgia e se submeter a tratamento psicológico para suportar as mudanças?
Não tenho nada contra a opção sexual de ninguém, mas entendo que há uma enorme distância entre respeitar o que o outro é e aceitar imposições ideológicas espalhadas aos poucos – e, agora, a toda velocidade – pelas instituições da sociedade.
* Miguel Lucena é delegado de Polícia Civil do DF e jornalista.
* Miguel Lucena é delegado de Polícia Civil do DF e jornalista.
extraídadepuggina.org
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